Projeto desenvolvido pela Emparn incentiva renda e preservação ambiental na algicultura.
Projeto foi selecionado no Programa Socioambiental da Petrobras e contará com investimentos da ordem de R$ 3.939,726
Em parceria com o Centro Ama-Goa de Cultura e Meio Ambiente- AMA-GOA, a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) vai implantar duas unidades de cultivo de produção de macroalgas da espécie Gracilaria birdiae. As unidades serão instaladas nas áreas de braço-de-mar abrigados por costões arenosos e manguezal na comunidade de Diogo Lopes/Macau-RN e no município de Galinhos-RN. A ação será executada por meio do Programa Socioambiental da Petrobras e contará com investimentos da ordem de R$ 3.939,726.
“O projeto desenvolvido pelas pesquisadoras da unidade de aquicultura da Emparn foi selecionado no primeiro semestre de 2023, e atualmente está na fase de ajustes e contratação junto a Petrobras, sendo mais uma importante ação da Emparn no desenvolvimento do RN”, comentou o Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Emparn, Josemir Neves.
Em atendimento às recomendações técnicas da Emparn, a associação vai atuar na condução dos cultivos e dos experimentos.
A pesquisadora Ana Célia, uma das pesquisadoras a frente do projeto explica que a escolha dos municípios (Diogo Lopes e Galinhos) se deu pelas condições ambientáveis extremamente favoráveis (ventos, correntes, temperaturas), bem como, a associação parceira ser muito bem estruturada e ter cooperação com várias universidades e institutos de pesquisa. “As colônias de pescadores desses municípios são muito organizadas com 640 e 250 associados, respectivamente. Inicialmente 50 famílias de pescadores e marisqueiras que utilizam a atividade de coleta de mariscos como complemento de renda serão beneficiadas com o projeto. A metodologia de cultivo será amplamente difundida e compartilhada com outras comunidades vocacionadas. Com o efetivo benefício econômico esperado a atividade se firmará de forma contínua e irrevogável além de proteger a espécie no seu meio natural”, disse.
As ações do projeto serão iniciadas em janeiro de 2024 e seguirá até dezembro de 2026. A produção obtida será, em parte direcionada para fabricação de produtos artesanais por grupos locais e, essencialmente para empresas de transformação no RN e estados vizinhos.
Sobre as macroalgas:
Macroalgas são organismos que realizam a fotossíntese e ocorrem em água doce e marinha. Dividem-se em três grupos sendo o das rodófitas (vermelhas) que ocorrem em maior abundância no litoral potiguar e o de maior importância econômica. Elas podem ser consumidas in natura, ou processadas, para diversos fins, como estabilizantes, espessantes em produtos alimentícios, fármacos, cosméticos, rações, fertilizantes e produtos biotecnológicos.
Deixe um comentário