O Complexo Cultural Rampa foi tomado por realizadores audiovisuais, professores e estudantes nesta segunda-feira (15), que conferiram o início da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos. Aplausos, sorrisos e olhares atentos marcaram o primeiro dia de apresentações. Direcionado ao público jovem e infantojuvenil, o evento acontece nas 26 capitais e no Distrito Federal com sessões livres e classificação indicativa de até 14 anos, além de acessibilidade através de legenda para surdos e ensurdecidos, e libras. A Mostra continua nos dias 17 e 19 de abril; os filmes serão disponibilizados pelo Ministério da Cultura também on-line no formato streaming.
Com o tema “Vencer o ódio, semear horizontes”, explorando o papel do cinema na defesa dos direitos humanos em um cenário de reconstrução nacional, este ano a iniciativa mergulha na diversidade temática e regional do cinema em prol dos direitos humanos, sendo a produção do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF-Niterói, em parceria com o Ministério da Cultura e o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Para essa edição potiguar, conta com a organização das equipes da Secretária Extraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte e da Fundação José Augusto.
O professor Anderson Soares, da Escola Estadual Anísio Teixeira, ressaltou que a Constituição Federal estabelece o acesso às artes como um direito humano a ser promovido pelos poderes públicos. “Esse direito precisa chegar aos alunos das escolas públicas e aos cidadãos que têm pouco ou nenhum acesso a cinema e outros recursos audiovisuais. Aproveito para parabenizar a todos que pensaram e organizaram este evento”.
A acessibilidade para surdos e ensurdecidos foi destacada por Ana Keila Lopes, diretora do Centro de Apoio ao Surdo (CAS Natal). “Esse cuidado que a equipe da Mostra teve foi essencial pra gente, pois o nosso público é formado por estudantes surdos, e tudo que eles viram aqui será trabalhado depois em outras atividades”, pontuou, acrescentando: “Alguns familiares dos alunos falaram que nunca tinham entrado numa sala de cinema. Então, só isso já valeu todo o esforço de hoje”.
De acordo com a diretora da Escola Estadual Café Filho, Maira de Vasconcelos, a Mostra é bem-vinda e serve de exemplo para que outras instituições apoiem a cultura. “A gente precisa compreender que o cinema, importante ferramenta para construção de conhecimento e senso crítico, ainda precisa ter seu acesso democratizado. Espero que surjam mais exibições cinematográficas como essa para que a juventude possa conhecer os prazeres da sétima arte”, defendeu.
O Presidente da Comissão de Tecnologia da Informação da Seccional Potiguar da OAB, Pedro George de Brito, disse que a mistura do cinema com direitos humanos e educação deve ser levada para o interior do Brasil. “Vivenciamos aqui um momento mágico. Porque quem ama o cinema sabe da importância que é transmitir valores através da emoção da tela. São eventos como esse que modificam a realidade das pessoas ao oferecer a oportunidade de aprendizado, reflexão e entretenimento”.
Confira quais foram as atrações desta segunda-feira (15):
Sessão Raízes
Reúne curtas e médias-metragens em que a pesquisa de memórias ancestrais é
estratégia de criação.
Filmes | aproximadamente 1 hora e 40 minutos
Travessia, 5 min, LIVRE
Filha Natural, 16 min, LIVRE
Mãri Hi – A Árvore do Sonho, 18 min, LIVRE
O que pode um corpo?, 14 min, LIVRE
Nossa mãe era atriz, 26 min, 12 anos
A poeira dos pequenos segredos, 20 min, 14 anos
SERVIÇO: Centenas de pessoas participam da abertura da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Complexo Cultural Rampa
Email: comunicacaoculturarn@gmail.com
Redes Sociais: @culturarn
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