O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou no domingo (21) que desistiu da candidatura à reeleição, declarando apoio para que a vice-presidente Kamala Harris se torne a indicada do Partido Democrata para disputar as eleições de 2024.
Mas, a pouco mais de 100 dias da votação, que está marcada para 5 de novembro, a medida deu origem a muitas outras perguntas sobre o que acontecerá a seguir no resto de sua Presidência e na disputa presidencial.
A decisão veio após intensa pressão interna do Partido Democrata, que começou após seu desastroso desempenho no debate realizado no fim de junho e se manteve mesmo após diversas tentativas de Biden de assegurar seu partido e eleitores de que estava apto a derrotar Donald Trump.
Nas últimas semanas, Biden tomou várias iniciativas para reforçar sua candidatura. Ele concedeu uma entrevista exclusiva à ABC News poucos dias após o debate, participou de uma entrevista coletiva após a cúpula da Otan, conversando diretamente com a imprensa por uma hora, e fez uma série de discursos enérgicos em eventos de campanha. Em todos esses momentos, ele insistiu que era a pessoa mais qualificada para evitar uma vitória de Trump em novembro.
Apesar dos esforços, Biden enfrentou problemas que aumentaram as preocupações dos democratas sobre sua idade avançada. Na entrevista coletiva, ele confundiu sua vice, Kamala Harris, com seu adversário, Donald Trump. Durante discursos de campanha e conversas com a imprensa, cada gafe piorou sua situação com aliados e fortaleceu as vozes do partido que pediam sua saída.
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