Crônica Flávio Rezende: Escritos da Alma – reflexões sobre o planet em sua atualidade –.
Escritos da Alma
– reflexões sobre o planet em sua atualidade –
O planet muda de uma maneira tão veloz, que os pensadores e formuladores de reflexões estão instantaneamente condenados ao ridículo, por prever coisas do aqui e do agora, que já no second seguinte, puft, pifou, dançou, já era.
Dizem que o tempo já não é o mesmo, que o planet já não expia, só arrepia, e que a tal tecnologia está tão atômica, que a carne está virando lítio, o sangue ferro, e num estalo seremos meiados a robôs, mas rapidamente a alma vai desistir e a IA se instalar num golpe sem sangue, só com fios e conexões, tornando o sapiens armadura, a cabeça dura, o corpo virtual e karma algoritmo.
Neste novo espaço desalmado, não haverá desculpa, perdão, i’m sorry.
O problema deve ter sido nossa repetição de erros, eternos pedidos de desculpas. Erramos constantemente, continuamos vendo fome, genocídios, guerras, estupros, explorações, entronizando Hitlers, Trumps, Bolsonaros, Mileis, Maduros, Erdogans, Putins, Stalins, continuamos passando pano para padres pedófilos, empresários corruptos, políticos fascistas, bandidos em geral, então a tal espiritualidade decidiu nos apresentar algo mais racional e fácil de ter objetividade, diante de nossa repetição de erros e falência de aprendizado efetivo.
Nós em milhões de anos não conseguimos resolver problemas relevantes, pelo contrário, ampliamos eles.
Pertenço a um grupo espiritualista que acredita ter muitas imperfeições em outros mundos, que o tal amor só se desenvolveu aqui e virou a febre do cosmos, a joia da coroa.
Apesar disso, tá muito fraco na minha avaliação, assistimos o crescente empoderamento de seres altamente demoníacos, a exaltação do caos e a valorização do desamor por muitos.
Sei não, tô naquela de curtir muito meus filhos, a natureza, fotografar, amar a todos, ajudar dentro de minhas possibilidades, evitando falar de política e religião, avesso total a problemas, brigas, ando devagar, não me ligo a dinheiro, roupas, tudo me agrada, mas vejo claramente que forças demoníacas avançam, muita gente sofrendo, morrendo, passando fome, drogas, mentiras, desinformação, depreciação do belo, das vacinas, gente boa apoiando seres execráveis, enfim, me sinto impotente, já sessentanos, por isso fotografo o belo, escrevo sem querer agredir, abraço todos, amo todos, ajudo os que posso, ainda não me tornei máquina em algo, e na minha humanidade integral, baixo o santo do amor e sigo até o fim, fazendo o bem, e se alguém quer fazer confusão, me faço de doido, relevo, respiro fundo e continuo na vibe da boa união.
Luzzzz.
Flávio Rezende aos vinte e oito dias, sétimo mês, ano dois mil e vinte e quatro. 16h33. Praia de Ponta Negra
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