A deputada Eudiane Macedo (PV) se pronunciou, no horário destinado às lideranças partidárias, na sessão desta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa, sobre o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, registrado nesta segunda-feira, 25 de novembro. Ela comentou sobre a campanha iniciada neste primeiro dia, se estendendo por 16 dias, até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
“Essa mobilização nos convoca a refletir sobre a persistência da violência de gênero em nossa sociedade e aumentar nossos esforços para acabar de vez com esse transtorno”, disse a parlamentar. “A violência contra a mulher não é apenas um problema individual, mas um grave problema social que diz respeito a todos”, concluiu Eudiane, conclamando pela união de seus pares para a luta que tem apresentado números estarrecedores de mortes de mulheres. “A cada dia somos confrontados com notícias de feminicídios, assédios, abusos e outras formas de violência que aterrorizam as mulheres e suas famílias”.
Em seu discurso, o deputado Coronel Azevedo (PL) comentou sobre o aumento de feminicídios no Governo Lula. “O Brasil está se associando às ditaduras”, afirmou o parlamentar, que criticou a suspensão da Operação Carro-Pipa por falta de verbas. “Fruto de uma política desastrosa”, disse o deputado, que ainda criticou a política de aumento de preços do governo. “O carro mais difícil de se conduzir no Brasil é o carrinho de supermercado”, disse o deputado.
Última líder do horário, a deputada Isolda Dantas também comentou sobre os números ‘alarmantes’ dos casos de feminicídio no Brasil, ressaltando que a violência surge de um contexto machista no Brasil, de “uma sociedade que se diz civilizada”. A deputada citou que das mais de 1.400 mortes de mulheres no Brasil no ano passado, 63% eram mulheres negras, 71% entre 18 e 44 anos e 64% assassinadas dentro de suas próprias casas. “Resultado de uma sociedade brutalmente desigual”, concluiu a parlamentar.
A deputada Isolda encerrou seu discurso repercutindo a tentativa de golpe de Estado que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e na prisão de ex-auxiliares e militares do Exército. “Não vi ninguém falar sobre isso aqui”, criticou Isolda, comentando também sobre o filme ‘Ainda estou aqui’, que retrata a violência contra uma família nos tempos da ditadura. “O tema é mais presente do que nunca”, disse a deputada. “Tudo o que aconteceu na época da ditadura está muito vivo na cabeça de alguns”, concluiu Isolda Dantas, clamando por “ditadura nunca mais”.
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