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Crédito Raiane Miranda – Assecom/RN.

Governadora acompanha última etapa da concretagem da parede e lembra luta para tornar realidade projeto que garante água para o Seridó

Terceiro maior reservatório do Rio Grande do Norte, a Barragem Oiticica está pronta para receber as águas da próxima temporada de chuvas no Semiárido Potiguar, elevando para quase 5 bilhões de metros cúbicos a capacidade que os mais de 50 açudes, lagoas e barragens públicas monitoradas pelo governo do Estado têm de acumular água de boa qualidade para o consumo humano e produção agrícola.

 

No final da manhã desta quarta-feira (18), a governadora Fátima Bezerra esteve em Oiticica e acompanhou a última etapa do trabalho de concretagem da parede, marcando assim o fim das obras do reservatório, o segundo de grande porte construído na Bacia Hidrográfica Piranhas/Açu.

 

“O Rio Grande Norte, especialmente o Seridó, sabe o que realmente significa essa obra para a dignidade, para o bem-estar das pessoas, para o desenvolvimento da região. Confesso que estou emocionada. Volto a repetir: este momento é para ficar na história”, disse a governadora Fátima Bezerra.

 

O projeto de construção de um reservatório para barrar as águas das chuvas durante o inverno e perenizar o Rio Piranhas é antigo. Tem mais de 70 anos. A obra, no entanto, foi iniciada em 26 de junho de 2013. Ao longo do tempo, o projeto passou por mudanças atendendo aos pleitos de moradores. Uma delas foi a construção das agrovilas, não previstas no projeto original, para abrigar as famílias que moram nas áreas alagáveis.

 

“Oiticica não é apenas uma obra de concreto armado, de cimento, pedra e aço. É mais do que isso: é um complexo com largo alcance social. Temos as agrovilas, a comunidade Nova Barra de Santana, as obras complementares. Aqui começa um novo ciclo não apenas para Oiticica ou para o Seridó, mas para o desenvolvimento do nosso estado”, reforçou Fátima.

 

Crédito Raiane Miranda – Assecom/RN.

Citando o versículo da Bíblia segundo o qual há tempo para plantar e para colher, Fátima lembrou da luta pela construção da barragem, que ela participou como deputada federal e senadora e que agora compartilha como governadora. “Para nós, os filhos e filhas da seca, que sentiram as dores, que viram o sofrimento proporcionado pelas secas, estar aqui neste momento, junto com os movimentos sociais, com os prefeitos, com os moradores, a Igreja, é muito gratificante. Valeu o sonho, valeu a luta”, comemorou a governadora.

 

Com capacidade para de 598 milhões de m³, inundando uma área de 8.000 hectares, o reservatório integra o Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF). Para o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Paulo Varella, Oiticica tem grande relevância para a região do Seridó, por se tratar de uma região suscetível ao processo de desertificação.

 

“Hoje nós estamos assistindo a história em movimento, hoje demos um passo decisivo para a materialização da segurança hídrica do Rio Grande do Norte. Nessas áreas do Semiárido é preciso armazenar água para que possamos transportá-la no tempo. E é o que estamos fazendo no Projeto Seridó, um intrincado conjunto de adutoras que vai distribuir essa água para as cidades da região. Oiticica abre uma nova página e projeta novo horizonte para o povo do Seridó e para o Rio Grande do Norte como um todo. Esta é uma obra diferente. Estamos vendo aqui uma nova forma de fazer barragens no Brasil”, disse Paulo Varella.

 

A segurança hídrica faz parte das prioridades do governo do RN e foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3). Além da Barragem Oiticica, também estão em andamento o Ramal do Apodi, que vai levar água da transposição para o Oeste Potiguar, e o sistema adutor do Seridó.

 

Residente no sítio Santa Cruz, em Jardim de Piranhas, Josivânia Monteiro destacou a importância das obras do complexo Oiticica, lembrando o sufoco que os moradores da região passaram nos anos seguidos de seca, na década passada: “Muitas pessoas não acreditavam que essa obra pudesse ser concluída e ela está aí, concluída. Era muito sofrimento. A gente ficava esperando pelo carro-pipa. Agora, ver esse mundão de água é uma maravilha de Deus.”

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