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Mulheres debatem assédio sexual e cobram lei mais rigorosas para o crime.

Mulheres debatem assédio sexual e cobram lei mais rigorosas para o crime.

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

A defesa à mulher reuniu dezenas de pessoas em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, na tarde desta segunda-feira (28). Por iniciativa da deputada Cristiane Dantas (PCdoB), o Legislativo discutiu a violência contra a mulher, assédio sexual nas ruas, no trabalho e nos transportes públicos. Sociedade civil organizada e representantes dos poderes participaram do encontro e solicitaram lei mais rigorosas para punir os que cometem crimes desse tipo.

Abrindo a discussão, a deputada Cristiane Dantas falou sobre os problemas enfrentados diariamente pelas mulheres, que enfrentam elogios disfarçados de assédio verbal e que não são classificados como crime perante a lei, apesar de constrangerem e incomodarem as mulheres. Dados apresentados pela parlamentar comprovam que a situação é mais grave do que se imagina e os casos de assédio sexual atingem a maioria das mulheres.

Cristiane Dantas levou à audiência dados de uma pesquisa feita com 2.285 mulheres entre 14 e 24 anos, com renda familiar de até R$ 6 mil, em 370 cidades brasileiras, que revelou que 94% delas já foram assediadas verbalmente e, 77%, sexualmente.

Em meio a homenagens às mulheres que trava batalhas em defesa das mulheres, a Assembleia deu comendas a representantes de diversos movimentos sociais e do Poder Público. A secretária municipal de Políticas Públicas da Mulher, Aparecida França, defendeu que as mulheres sempre se manifestem e cobrem punição aos assediadores. Para ela, atitudes como a disponibilização de vagões voltados exclusivamente para mulheres em metrôs do país é uma atitude segregadora e pune quem não tem culpa do assédio: a mulher.

“Não queremos vagões rosas, não queremos ser segregadas. Queremos ir para onde quisermos sem medo. Hora de mulher estar na rua é a hora que ela quiser. Somos mulheres, queremos respeito e vamos impor esse respeito”, disse Aparecida França.

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