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Presidente da Assembleia recebe entidades médicas diante da crise na saúde.

Presidente da Assembleia recebe entidades médicas diante da crise na saúde.

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), recebeu uma comissão de entidades médicas nesta quarta-feira (14), que externou o atraso de 7 meses de repasses do Governo do Estado com cooperativas médicas e hospitais particulares que atendem pacientes do SUS.

“Apesar da crise financeira o Estado tem que enfrentar esta demanda e encontrar soluções. No enfrentamento da crise da segurança foi feito este esforço e para a saúde urge a busca da normalidade no atendimento. São vidas que estão sendo perdidas. Vamos unir esforços e trazer resolutividade para o setor”, salientou Ezequiel Ferreira.

O líder do governo, deputado Dison Lisboa (PSD), participou da audiência e se prontificou em encontrar caminhos no âmbito do executivo. Os deputados Albert Dickson (PROS), Gustavo Carvalho (PSDB), Cristiane Dantas (PCdoB), Gustavo Fernandes (PMDB) e Hermano Morais (PMDB) também debateram com a classe médica.

“As consequências do não pagamento às cooperativas e aos sete hospitais conveniados tem sido o acúmulo de dívidas da ordem de R$ 21 milhões e há mais de 40 dias não são realizados procedimentos cirúrgicos na rede privada conveniada”, explicou Marcelo Cascudo, presidente da Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte, (Coopmed-RN).

Marcelo Cascudo rememorou que na primeira quinzena de julho o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira de Souza, intermediou uma audiência entre as cooperativas e o Governo do Estado. “Foi estabelecido um cronograma de pagamento por parte do governo, mas não chegou a ser cumprido”, pontuou.

O presidente da Coopmed também pediu apoio político aos deputados para que dialoguem com o Tribunal de Justiça, mesmo entendendo a autonomia e independência dos poderes, para que se concretize o repasse de R$ 20 milhões do TJRN como empréstimo para o Governo do RN. “Só enxergamos esta solução para viabilizar o pagamento dos débitos para com a Coopmed e Hospitais particulares. Vejo com a luz no final do túnel diante da crise do Poder executivo”, explicou o médico Fernando Pinto.

O médico Madson Vidal, da Associação dos Amigos da Criança Cardiopata, fez um depoimento emocionado conclamando para um pacto pela saúde. “Não estamos conseguindo oferecer o atendimento. Estamos contando óbitos”, disse.

Por sua vez, o médico Álvaro Barros, cardiologista do Incor, relatou que o Governo do Estado em provocado o desmonte do sistema de alta e médica complexidade. “A rede pública não faz este atendimento. Há o convênio com a rede privada para que o atendimento cirúrgico de alta e média complexidade aconteça no Rio Grande do Norte. Sem o pagamento dos procedimentos os hospitais e clínicas irão falir e fechar as portas. Com isto o sistema falha e o desmonte do sistema será concretizado”, explica.

Diante das dificuldades financeiras muitos hospitais privados estão demitindo funcionários ou decretando férias para parte de seus colaboradores. Hospital do Coração, Memoria, Natal Hospital Center e Incor adotaram estas medidas para enfrentar a crise. “Tem hospital recorrendo a empréstimo e contas garantia para cumprir seus compromissos. Mas uma hora o crédito falhará e a falência será concretizada”, alertou Álvaro Barros.

A Cooperativa Médica do RN possui cerca de 1.600 cooperados distribuídos em 36 especialidades. Fundada em 19 de fevereiro de 2003, a Cooperativa Médica do RN começou a funcionar efetivamente em 2006.

A prestação dos serviços acontece nos hospitais particulares que atendem ao SUS e onde é possível realizar cirurgias e procedimentos de Alta e Média Complexidade proporcionando à população mais carente um serviço de excelência.

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