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A perspectiva da luta da mulher negra para se afirmar no cotidiano longe dos estereótipos históricos que lhe foram associados foi tema de palestra na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (9), dentro da programação do “Agosto Lilás”, que celebra as conquistas do feminismo de coloca a pauta em debate para chamara atenção para as diferenças sexistas que ainda separam homens de mulheres.
A explanação foi dada pela vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Aline Juliete. Ela ponderou em seu discurso como questões históricas contribuíram para a afirmação de preconceitos contra as mulheres negras na atualidade.
“Historicamente, acostumou-se a pensar que a mulher negra é um instrumento sexual, de inesgotável prazer. Essa cultura vem do Brasil colonial, quando escravas eram seviciadas sexualmente. A senzala não acabou. Só se mudou para as nossas cabeças”, ilustrou a advogada.
Pelo argumento condutor de sua fala, as mulheres, foi essa base de costumes que permitiu em tempos passados e na atualidade do Brasil que a mulher negra seja encarada como símbolo sexual.
“A representação desse pensamento é a vinheta do carnaval na Rede Globo. Por que uma mulher negra nua é a chamada para o carnaval? Percebam que só neste ano, após muitas críticas, essa vinheta foi trocada por elementos que representam a multiculturalidade do carnaval do Brasil”, observou Juliete.
Para a advogada, é importante destacar que há instrumentos constitucionais que garantem a igualdade de direitos, e leis que reforçam o sentido de equivalência entre homens e mulheres. Ela ainda destacou que, por ter apontado problemas culturais, a saída passará necessariamente pela reeducação de quem pratica tais preconceitos e pela educação de novas gerações.
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