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Liberação do Aeroporto de Mossoró repercute positivamente entre a classe empresarial. (Foto: Ivanízio Ramos).

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

A liberação para o Aeroporto de Mossoró receber voos comerciais, conseguida depois do trabalho intenso do Governo do Estado para reabrir o terminal, investindo mais de R$ 2 milhões na reforma, está repercutindo positivamente entre a classe empresarial e turística da região Oeste do RN. A liberação pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (23).

 A direção do Hotel Thermas, maior parque aquático hoteleiro de águas termais do Brasil, localizado em Mossoró, comemorou a nova fase. “Esta obra tem um grande significado para a cidade, já que o aeroporto é um empreendimento fundamental para o desenvolvimento do turismo e economia da região. Os empresários e visitantes sofrem com a logística de transporte para ter acesso a cidade, pois precisam descer nas capitais e seguir o restante do roteiro de carro. A reabertura do terminal é um marco, principalmente para a rede hoteleira”, explicou o diretor do Hotel Thermas, Gabriel Barcellos Chaves.

 Mas não é apenas o turismo que será beneficiado com a chegada de voos comerciais a capital do Oeste Potiguar. A liberação também vai favorecer outros mercados importantes para a economia do Rio Grande do Norte.

 O presidente do Sindicato da Indústria de Moagem e Refino de Sal do RN (Simorsal), Renato Fernandes, se manifestou sobre o assunto e destacou o fomento da indústria salineira. “Essa é uma luta antiga da classe empresarial e da sociedade Mossoroense. Exportamos nosso produto para os Estados Unidos, Nigéria e Camarões e sempre estamos recebendo clientes e representantes do Brasil e do Exterior. Com a abertura do terminal, o acesso será facilitado e abrirá uma porta de escoamento para a exportação”, ressaltou Fernandes.

 “Mossoró tem um mercado corporativo muito forte, com grandes empresas e que vão fomentar e ajudar na consolidação dos voos comerciais”, destacou o secretário de Turismo do RN, Ruy Gaspar. O titular da pasta ainda enfatizou que o turismo da região Oeste será aquecido com mais essa ação do Governo do Estado. “Vamos trazer turistas para conhecer as belezas das salinas, serras, cultura e história de vários municípios potiguares, pouco antes explorados pelos visitantes”, disse o secretário.

 Proprietário da Agrícola Famosa, maior produtora de melão do mundo situada entre Icapuí (CE) e Mossoró (RN), Luiz Roberto Barcelo ressaltou a liberação do equipamento. “O aeroporto vai facilitar o acesso. Um exemplo disso é quando os clientes vêm nos visitar e tem que descer nas capitais – Natal ou Fortaleza – e completar o percurso de carro, perdendo muito tempo na estrada. Muitas vezes eles querem vir e voltar no mesmo dia. Então, ter um aeroporto em condições de receber voos comerciais, para questão da logística da malha aérea, vai beneficiar muito Mossoró e o Alto Oeste”, declarou.

 Outro benefício destacado por Luiz Roberto foi a Estrada do Melão, em Baraúna. A estrutura foi pensada para facilitar o tráfego de caminhões pesados sem que haja necessidade de passar por dentro da cidade. “A Estrada é fundamental para o escoamento da produção do melão, a fruta mais exportada do Brasil e grande responsável pela pauta de exportação do Rio Grande do Norte. Ter uma infraestrutura dessa ajuda a manter a qualidade da fruta, cortar custos, já que os caminhões vão trafegar em uma pista adequada, reduzir o gasto com manutenção e preservar vidas. Obras estruturantes como essa atraem novos investimentos e geram empregos”, pontuou.

 Reforma do Terminal

O Governo do Estado realizou obras técnicas relativas a itens como engenharia, segurança e iluminação. No início de 2017, o Executivo Estadual entregou uma reforma no aeroporto que contemplou espaço para lojas de artesanato, mirante do terminal, salas para administração, para Infraero e para empresas aéreas, check-in de passageiros, embarque, sala VIP e banheiros. No Anexo do aeroporto foram reformadas as instalações para abrigar o Corpo de Bombeiros. Foi instalada também uma cerca de isolamento da pista para evitar a entrada de animais e pessoas, além da pintura do prédio. O valor desse investimento foi de cerca de R$ 300 mil com recursos próprios do Governo.

 

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