Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Câmara Municipal de Natal realizou um encontro nesta terça-feira (22) para discutir a situação do acesso aos ônibus que fazem as linhas de transportes públicos de Natal.
A reunião desta terça teve a participação da Comissão de Transportes, que analisa o novo projeto concessão do transporte público da capital potiguar. A vereadora Júlia Arruda (PDT), presidente da Comissão, destacou que o encontro foi importante para discutir a situação dos ônibus de piso baixo, que garantem a acessibilidade e mobilidade de todos os cidadãos.
“Foi uma reunião importante até por estarmos próximos da votação da licitação dos transportes de Natal. O que estamos querendo é que os direitos que já foram conquistados por lei sejam assegurados. O que já foi construído não pode ser jogado fora. Não estamos querendo nada de outro mundo. Queremos o transporte com piso baixo para possibilitar que a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida tenham o ingresso no transporte de Natal”, avaliou.
A vereadora Natália Lula Bonavides (PT), membro da Comissão de Transportes, foi convidada para participar da reunião por ser relatora do projeto de lei que altera a atual legislação sobre o sistema de transporte público. Ela apresentou um parecer contra o projeto que foi apresentado pela Prefeitura do Natal por ele não garantir o piso baixo nos veículos.
“Um ônibus com piso baixo é um ônibus muito mais acessível. Não só para pessoas com cadeira de rodas. Para todas as pessoas que tiverem uma reduzida, por mais que seja temporária, o ônibus de piso baixo é o mais adequado para garantir a acessibilidade no transporte público. Na lei, esse direito foi retirado. Não só esse direito, mas outros também vão ser alterados. Por essas e outras razões nosso parecer é contrário ao projeto”, explicou.
Segundo o especialista em Engenharia de Transportes, Rubens Ramos, o piso baixo é uma necessidade que atende toda população com um baixo custo para o usuário. Pelos cálculos dele, que já foram confirmados por uma auditoria externa, o custo seria de, no máximo, R$ 0,04 no valor global da passagem.
“Nós temos a discussão sobre alguns itens da lei que está em vigor, por conta do aumento do custo da passagem. Entendemos a questão do ar condicionado que aumenta o consumo do diesel e o outro item é o do cobrador que é ultrapassado e que tem impacto na tarifa, mas a discussão do piso baixo esse tem um impacto mínimo. Questão de centavos. Praticamente todos os problemas de acessibilidade se resolvem porque piso baixo não tem degrau. É um impacto mínimo para um benefício enorme e universal. Toda a sociedade se beneficia”, contou.
Também participaram da reunião representantes de órgãos e entidades relacionadas aos deficientes. Entre os encaminhamentos do debate estão a sugestão de alteração da minuta do projeto, por meio de emenda, para garantir os ônibus de piso baixo.
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