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Adepol, Assesp e Sinpol enviam ofício ao governo pedindo testagem em policiais civis.

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Rio Grande do Norte – Adepol/RN, a Associação dos Escrivães de Polícia Civil do Rio Grande do Norte – Assesp/RN e o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio Grande do Norte – Sinpol/RN, protocolaram nesta quinta-feira (25) um ofício conjunto, endereçado à governadora do estado, solicitando providências no sentido de disponibilizar testes rápidos a todo o efetivo da Polícia Civil, de forma periódica.

O objetivo é evitar que os policiais sejam contaminados e, consequentemente, contaminem os usuários dos serviços prestados na delegacia, ou até mesmo seus familiares. Além disso, é necessário que seja garantida a continuidade da prestação do serviço público, haja vista que a Polícia Civil já possui um déficit histórico em seu efetivo e, frequentemente, novos casos de policiais civis infectados são noticiados.

A presidente da Adepol, Taís Aires, fez questão de enaltecer o trabalho dos policiais civis mesmo nesse período conturbado. “O trabalho da polícia judiciária é um serviço essencial e não pode sofrer descontinuidade. Os policiais já vêm cumprindo honrosamente sua missão, mas os riscos precisam ser amenizados”, afirmou.
Para Carolina Campos, presidente da Assesp, a quantidade de testes fornecidas pelo estado à Polícia Civil (INSERI UM ESPAÇO) não é suficiente, sobremaneira diante da condicionante de só ser testado quem apresenta sintomas. “Testar apenas os sintomáticos expõe os policiais que tiveram contato com infectados à incerteza da probabilidade de estarem infectados e assintomáticos, transmitindo tanto para os demais colegas na mesma unidade policial, para os usuários do serviço e para seus familiares”.
Já Edilza Faustino, presidente em exercício do Sinpol, mencionou que já foram registrados vários casos de infecção pela covid-19. Entre suspeitos e confirmados já são mais de noventa policiais, sendo treze casos só na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o que leva a crer que o contágio se deu no ambiente das delegacias. “Inicialmente foi a 4ª Delegacia de Polícia, posteriormente a 5ª DP. A 7º DP chegou a ter seis agentes afastados. Além disso a 2ª DP, a DHPP e delegacias do interior também foram afetadas. A saúde dos nossos policiais importa e precisa ser resguardada”, frisou.

Com o expediente, as entidades esperam sensibilizar o governo do estado para a situação dos policiais civis. É preciso considerar que não só a rede pública de saúde está à beira do colapso, como a rede privada já teve suspensão de atendimento em algumas unidades. As pessoas infectadas pelo novo coronavírus, mesmo que estejam assintomáticas, transmitem a doença de forma silenciosa e perigosa, o que se agrava nos ambientes fechados e comumente insalubres das delegacias de polícia. Podendo, desta forma, transmitir tanto para os próprios policiais, quanto para os usuários do serviço público. Por tudo isso, a testagem de todos os policiais, estejam eles sintomáticos ou não, é medida que se impõe.

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