Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com
A Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (ADEPOL/RN) oficiou a Secretaria de Segurança Pública cobrando maior agilidade na realização do concurso público para contratação de novos policiais civis, conforme previsto no orçamento público 2018. A ADEPOL oficiou ainda o Ministério Público estadual, pedindo a instauração de inquérito civil, a fim de apurar a razão da demora na tramitação do concurso público da Polícia Civil.
No dia 25 de maio de 2015 um processo administrativo foi instaurado (nº 98365/2015-1) solicitando a contratação de novos policiais e desde então o que se vêem são excessivas exigências burocráticas, sem data definida para tal processo seja finalizado.
Especialistas em segurança pública em todo País são incisivos em concluir que sem investimentos na investigação criminal (atribuição constitucional da Polícia Civil), é impossível reduzir os índices de criminalidade. E o baixo efetivo causa prejuízos incalculáveis a investigação criminal.
“Os policiais estão sendo obrigados a cumprir uma sobrejornada de trabalho muito além das 40 horas semanais para as quais foram nomeados. E o resultado dessa excessiva carga de trabalho é o afastamento de muitos policiais por motivos de saúde física e psicológica, refletindo na diminuição da produtividade, insatisfação profissional, baixa autoestima e prejuízo no atendimento público. Tudo isso compromete sobremaneira a missão institucional da Polícia Civil”, disse a presidente da associação, delegada Paoulla Maués.
Ainda segundo a presidente, a acumulação de delegacias tem sido uma constante entre os policiais civis, notadamente no interior do estado. Na regional de Pau dos Ferros, por exemplo, três delegados responsabilizam-se pela investigação criminal de 23 cidades. Ocorre que há poucos dias um dos delegados foi removido para a cidade de Upanema, acumulando juntamente com ela outros quatro municípios. Já na região de Currais Novos, apenas um delegado acumula três cidades, atendendo uma população de 80 mil habitantes.
Para a ADEPOL/RN a situação está insustentável, pois o efetivo humano da Polícia Civil é inversamente proporcional ao exponencial crescimento da criminalidade nos últimos anos no RN.
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