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Dia do Agricultor é celebrado com ação inédita que atende mais de 4 mil pequenos produtores no País.

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

A terra é fonte de vida e também o sustento de milhares de trabalhadores rurais. Na semana em que é celebrado o Dia do Agricultor (28 de julho), o cenário é de reconstrução. A pandemia do novo coronavírus trouxe desequilíbrio a todos os setores da economia brasileira e na agricultura não é diferente. Os pequenos produtores, sobretudo aqueles que trabalham com itens perecíveis, se encontram em dificuldade de comercialização e acabam perdendo parte (ou totalidade) da produção, por não terem compradores ou por redução da demanda.

No sentido inverso, a população mais vulnerável socialmente, a mais impactada pela crise econômica e financeira causada pela perda de emprego e renda, tem cada vez mais dificuldade de adquirir alimentos que garantam a subsistência de suas famílias.

A força do pequeno produtor veio de encontro a uma iniciativa inédita. O Banco do Brasil, por meio de sua Fundação BB e de parceiros, conciliou a aquisição da produção de pequenos agricultores, que antes seria descartada, com a entrega desses alimentos a quem mais necessita. As famílias beneficiadas estão recebendo cestas básicas, denominadas agroecológicas, contendo frutas, verduras e legumes, além de produtos regionais como queijo, farinha, açaí, rapadura e outros itens, todos adquiridos de produtores locais.

Perseverança para dias melhores

A produtora rural do cinturão verde de São Paulo, Simone Silotti destaca a importância do segmento para a segurança alimentar da população, e ressalta que o trabalho de comercialização também requer valorização. “O agricultor, como eu, vive a esperança. E na perseverança cuida pacientemente para auferir uma boa colheita. Aceita os reveses da natureza, por mais que lhe cause angústia, compreende os desígnios de Deus, que ora manda chuvas demais ora de menos ou uma geada fora de hora. Mas, a dor de não poder comercializar sua mercadoria ou receber menos que um preço justo e honesto, essa está muito difícil, vem minando as forças e o desejo em continuar a plantar, especialmente aos que se dedicam a horticultura. Ainda bem que a Fundação Banco do Brasil numa empatia tamanha, apoiou a nós agricultores de Quatinga, caso contrário, com esta pandemia, teríamos pouco a comemorar nesta data”, detalha Simone.

A ação contempla 48 projetos da agricultura familiar em 23 estados, beneficiando mais de 4,3 mil produtores rurais. Cerca de 128 mil cestas estão sendo distribuídas, em duas etapas, para 64 mil famílias de todas as regiões do país. Com investimento social de R$ 13,8 milhões, a ação une duas pontas: o apoio à cadeia produtiva nacional e a garantia de segurança alimentar a brasileiros em situação de vulnerabilidade social.

Amor pelo plantio
Para Adelson Raposo, presidente da Associação Serra Velha dos Trabalhadores Rurais do Município de Nova Friburgo (ASVT-NF) o trabalho rural é fundamental: “A agricultura é o foco principal de onde começa a vida. Ser um agricultor é gratificante, Deus nos fortalece, a natureza nos acompanha e a gente se sente cada vez mais forte. Aprende com as lições e desafios do dia a dia, esta é a nossa escola. Temos a fé de que uma semente seca algo vai nascer pela força da natureza, milagre de Deus. Ser agricultor é ser persistente, mesmo em meio a uma pandemia que abalou o mundo inteiro a gente ainda está em processo de recuperação e o produtor não pode parar.”

A Associação de Serra Velha possui notória produção no Brasil. “Somos considerados os maiores produtores de couve-flor da América Latina. São plantados em Serra Velha II seis milhões de pés por ano”, conta o agricultor familiar Adelson. O plantio anual também contabiliza 500 mil pés de tomate, três milhões de pés de brócolis americano, em média cinco milhões de pés de alface e um milhão de pés de repolhos. Além do cultivo de ervilha, feijão, beterraba, cenoura, couve mineira entre outros legumes e verduras.

“Minha orientação é não desanimar, a gente precisa continuar plantando a nossa semente, cuidando das mercadorias, das lavouras. Não podemos abandonar um ser vivo que está em meio ao sol e a chuva. Cuidar do alimento com carinho e amor para que o homem do campo possa atender o cliente que vai receber esse produto plantado com afeto e responsabilidade. O consumidor final embasa a vida do agricultor na roça”, explica Adelson.

O agricultor conta que há 20 anos o cenário era outro. “As coisas mudaram muito, não tínhamos luz elétrica. Hoje temos uma vida mais confortável, moramos em uma área com energia e internet. Com o desenvolvimento do país nós também crescemos por meio da Emater, Secretaria de Agricultura e do Banco do Brasil que financiou a nossa propriedade. São pessoas dedicadas a apoiar e educar o agricultor, e posso dizer que a gente tem aprendido muito. Sempre buscamos viver dias melhores para oferecer o nosso melhor ao próximo”, conclui.

Proteja e Salve Vidas

A iniciativa faz parte da campanha “Proteja e Salve Vidas”, uma parceria entre Banco do Brasil, Fundação BB, BB Seguros, Banco BV, Cooperforte e doadores voluntários, que utiliza recursos doados para aquisição de cestas básicas, itens de higiene e limpeza, e também de insumos e equipamentos hospitalares. Em todo o País, a ação beneficiou até o momento 1,5 milhão de pessoas e atendeu mais de 391 mil famílias. Foram distribuídas 462 mil cestas básicas, que totalizam mais de 9 mil toneladas de alimentos, além da distribuição de 2 milhões de itens de higiene e limpeza.

 

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