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O trabalho desenvolvido pela Cruz Vermelha no Brasil e no Rio Grande do Norte foi tema de discussão na tarde desta quarta-feira (26), na Assembleia Legislativa potiguar. Por proposição do deputado estadual Kelps Lima (SDD), membros da ONG, Poder Público e sociedade civil organizada debateram sobre a situação da instituição e como o trabalho no Rio Grande do Norte poderia ser ampliado.
Com atuação em 189 países e mais de 2 milhões de voluntários ao redor do mundo, a Cruz Vermelha surgiu em 1863 e, desde então, espalha a ideologia do voluntariado e humanismo. Seus princípios são a humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, voluntariado, unidade e universalidade, sempre com o atendimento desinteressado a qualquer pessoa, sem distinção. No Rio Grande do Norte, a Cruz Vermelha também já demonstrou sua importância.
Em território potiguar, a Cruz Vermelha teve atuação recente no atendimento às vítimas de deslizamentos em Mãe Luíza, em junho do ano passado, além do atendimento e prevenção à população que esteve em Natal durante a Copa do Mundo, com a instituição contribuindo na prevenção de acidentes durante a Fifa Fan Fest. No entanto, a entidade segue dependendo de apoio financeiro para se manter.
“Buscamos sempre o apoio do Poder Público e de todos que podem nos ajudar. O que queremos é sempre estar a postos para contribuir com a sociedade”, disse o presidente da Cruz Vermelha no Rio de Janeiro, Luiz Alberto, que participou da audiência pública.
Expondo o trabalho e as dificuldades da instituição no Rio Grande do Norte, o presidente da Cruz Vermelha no estado, Odilon Batalha, comemorou a oportunidade que a audiência pública deu aos membros da ONG para a divulgação do trabalho à população. Para ele, a iniciativa do deputado Kelps Lima foi louvável e, por isso, resolveram homenagear o parlamentar, concedendo uma credencial de voluntário para o deputado. O propositor da audiência agradeceu pela homenagem e sugeriu formas de que o estado aproveitasse melhor a presença da ONG.
“A primeira associação que fazemos com a Cruz Vermelha é sempre com relação aos desastres, tragédias. Mas não precisamos de novo temporal para nos depararmos com uma tragédia. Se sairmos daqui e formos ao Walfredo Gurgel, vamos nos deparar com uma tragédia. Nos bairros da periferia, também. Há espaço para se formar uma parceria entre Governo e Cruz Vermelha contra a tragédia cotidiana existe. Isso é uma ação inteligente no ponto de vista de gestão”, disse o deputado, relembrando a situação financeira em que se encontra o estado.
Na opinião do deputado, é importante que o estado promova parcerias com instituições respeitadas e de credibilidade como a Cruz Vermelha, o que, na opinião do parlamentar, seria também um ganho político para o Poder Executivo.
“O estado não pode cancelar devido às limitações de gastos com pessoal. Mais da metade dos servidores da Secretaria de Saúde estarão aptos a se aposentar em quatro anos. O estado não tem dinheiro nem espaço jurídico para novas contratações, o que nos aproxima de uma tragédia funcional. Exauriu a máquina pública e o estado é inviável. Precisa ser modernizado e uma parceria com a Cruz Vermelha, por exemplo, teria um custo mínimo e colaboraria com a situação”, sugeriu o deputado.
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