Assembleia Legislativa eterniza legado de Tonheca Dantas com reedição de obra biográfica.
Redação/Blog Elias Jornalista
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte finalizou a reedição da obra literária que conta a história do músico e compositor potiguar Tonheca Dantas, dentro das homenagens aos 150 anos do artista, celebrados em 2021. O livro de nome “A Desfolhar Saudades – Uma Biografia de Tonheca Dantas”, foi entregue pelo próprio autor, Cláudio Galvão, ao presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), em solenidade realizada nesta quinta-feira (01).
“A Assembleia Legislativa do RN não poderia ficar de fora dessa justa homenagem. Estamos reeditando uma obra que é fundamental para a nossa história e cultura, que reconhece nos 150 anos, o tamanho e o gigantismo de Tonheca Dantas, que atravessou o Seridó e o RN e se tornou referência no mundo. Além disso, estamos permitindo que as próximas gerações tenham acesso a história desse grande artista potiguar”, disse Ezequiel Ferreira.
Presente ao evento, o prefeito de Carnaúba dos Dantas – terra onde nasceu o artista autor da célebre valsa Royal Cinema – celebrou o lançamento do livro e agradeceu ao empenho da Assembleia e dos deputados Ezequiel Ferreira e Hermano Morais (PSB), por transformar a iniciativa em realidade. “Só temos a agradecer a todos. Essa reedição apresenta ao RN a história de um potiguar de grande importância cultural e histórica”, disse o gestor.
Já o autor da obra, não escondeu a emoção e a gratidão com a reedição do livro. Para o historiador Cláudio Galvão, a Assembleia Legislativa colabora para contar as próximas gerações uma história que merece ser eternizada.
Também no encontro, o maestro da Filarmônica Onze de Dezembro e tesoureiro da Associação Cultural Onze de Dezembro, Márcio Dantas de Medeiros, fez questão de ressaltar a qualidade musical de Tonheca Dantas. “Como música, como alguém que muito se inspira nesta obra, tenho que reconhecer como vale a pena ouvir e tocar a obra de Tonheca Dantas. Não é bairrismo, mas ele era muito bom músico”, disse.
O deputado estadual Hermano Morais, autor da Lei que tornou Carnaúba dos Dantas a Terra da Música no RN, enfatizou a importância da iniciativa da Assembleia ao reeditar o livro que “conta a história de um grande homem, cidadão e músico do estado, que deixou um grande legado para as próximas gerações”, disse. O parlamentar também agradeceu ao corpo técnico da Assembleia por todo o esforço para realizar as homenagens a Tonheca Dantas.
Em comemoração aos 150 anos do artista potiguar Tonheca Dantas foi inaugurada em Carnaúba dos Dantas, uma estátua em sua homenagem. A obra, produzida pelo artista Guaraci Gabriel, foi afixada na entrada da cidade. A ação, organizada pela Fundação José Augusto, integra as festividades coordenadas pela Prefeitura de Carnaúba dos Dantas.
A solenidade ainda contou com as presenças do diretor geral da Assembleia, Augusto Viveiros, da diretora administrativa e financeira da Casa, Dulcinéa Brandão, do chefe de gabinete da Presidência, Fernando Rezende, e da assessora técnica da diretoria, Simone Leal.
História
Nascido em 13 de junho de 1871, em Carnaúba dos Dantas, Antônio Pedro Dantas, conhecido como Tonheca Dantas, faleceu em 07 de fevereiro de 1940 em Natal. Foi um compositor e maestro brasileiro, músico autodidata, autor de uma obra de mais de mil peças musicais até hoje executadas pelas bandas filarmônicas do Brasil afora e até mesmo no exterior. É de sua autoria a Valsa Royal Cinema, obra imortalizada, que compôs para um cinema da cidade de Natal.
Seu repertório autoral é formado principalmente pelo gênero musical valsa, mas também dobrados, maxixes, hinos, xotes, polcas, marchas e outros gêneros musicais orquestrados. São obras famosas também a Valsa Delírio, a suíte Melodia do Bosque, Valsa A Desfolhar Saudades, a marcha solene Republicana, dobrado Tenente José Paulino, Embaixador na Paraíba, Correio do Norte.
No Dia de Corpus Christi, celebrado no último dia 3 de junho, nada menos que o Vaticano executou uma das peças de Tonheca Dantas, o “Tantum Ergo”, cuja letra é de São Tomás de Aquino, que compôs os versos em 1264 para a primeira Festa do Corpus Christi, instituída pelo Papa Urbano IV em plena Idade Média.
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