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A Educação como ferramenta de mudança na sociedade. Esse foi o foco discutido e enaltecido durante a sessão solene em homenagem aos 30 anos do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), que ocorreu na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, por iniciativa do deputado Francisco do PT. Com as galerias do plenário Clóvis Motta lotado, 81 pessoas e instituições que fazem parte da história do Sinte foram homenageadas, em solenidade que também contou com as presenças dos deputados Hermano Morais e Isolda Dantas (PT).
Professor e filiado ao sindicato, o deputado Francisco do PT fez um discurso relatando a história do Sinte, criado em 1989 a partir da transformação da Confederação dos Professores do Brasil (CPB) em Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que orientou nacionalmente os professores a se unificarem em sindicatos. Assim, as entidades e federações ligadas à educação pública potiguar, no dia 2 de Setembro de 1989, oficializaram a fundação do Sinte.
Com 33 mil filiados, o Sinte é considerado por Francisco do PT como um instrumento que cumpre efetivo papel de combate a injustiças contra a categoria e em defesa da educação como desenvolvimento da sociedade em todos os níveis.
“Com 30 anos como professor da rede pública, vi a luta do Sinte em prol da educação e dos trabalhadores. Tenho a honra de participar desse sindicato desde 1994. Parabéns ao Sinte, à sua diretoria, e a todos que fizeram do sindicato um gigante na defesa pela educação e de uma sociedade justa, solidária e democrática”, disse Francisco do PT.
Ex-presidente do Sinte e ex-deputado estadual, Júnior Souto foi um dos homenageados e enalteceu o trabalho realizado pelo sindicato nas três décadas de existência. Para ele, o momento político do país enseja uma luta ainda maior por parte dos profissionais da educação.
“O que construímos no espaço sindical, também no ambiente social, ficou para a história. O Sinte tem sido fundamental. A natureza dos enfrentamentos se estreitaram muito fortemente nesse sentido. O neoliberalismo, ascensão do fascismo no Brasil, é preciso deixar claro que esse desafio exige muito de cada um de nós. Temos que fazer isso olhando para o futuro. A educação terá que ser uma bandeira insistente para todos nós, porque ela é libertadora”, disse Júnior Souto.
Atual presidente do Sindicato, Fátima Cardoso também criticou o momento político pelo qual passa o Brasil, mas também enalteceu as conquistas do Sinte durante os 30 anos de existência. Segundo ela, que viveu integralmente a história do sindicato, várias bandeiras de lutas foram importantes para as conquistas de hoje, principalmente na busca pela universalização do ensino e da redemocratização.
Também presente à solenidade, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, elogiou a postura dos integrantes do sindicato e as conquistas alcançadas em prol da área em todo o país pelos movimentos de defensa da educação. A unificação, no entendimento de Araújo, foi importante para o avanço no trabalho e influência do Sinte.
“Foram décadas lutando contra a ditadura, o terror, tortura, massacre ao povo brasileiro. Nos emocionamos em ouvir aqui os companheiros que estavam nesse período, resistindo, colocando suas vidas em risco, pensando no coletivo e em defender os direitos da sociedade. E estamos vencendo”, disse.
Ex-presidente do Sinte e atual governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra disse que era uma emoção participar da homenagem ao sindicato que ajudou a construir e que cada conquista foi fruto de uma luta coletiva. Mesmo admitindo que ainda há muito o que se fazer em prol da educação, Fátima Bezerra elogiou o trabalho e a importância do Sinte para a população do estado.
“Apesar de estarmos longe da valorização merecida, podemos dizer que valeu a pena e temos o que comemorar sim por esses 30 anos. Valeu a pena não só por nós, mas principalmente pelo povo, que merece ter acesso ao direito mais sagrado e fundamental de promoção da conquista da cidadania plena, que é uma educação pública”, comemorou Fátima Bezerra.
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