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Bancada federal e Governo debatem venda de ativos da Petrobras no RN.

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

Deputados e senadores que compõe a bancada potiguar participaram, nesta quarta-feira (26), de uma reunião virtual com a governadora do estado, Fátima Bezerra (PT), para debater a venda dos ativos da Petrobras no Rio Grande do Norte, anunciada pela estatal no início desta semana.

Estavam presentes o coordenador da bancada, deputado federal Rafael Motta (PSB), os deputados Benes Leocádio (Republicanos), Beto Rosado (PP), Carla Dickson (PROS), General Girão (PSL), Natália Bonavides (PT) e Walter Alves (MDB), bem como os senadores Jean Paul Prates (PT), Styvenson Valentim (PODE) e Zenaide Maia (PROS).

Segundo dados da gestão estadual, a Petrobras responde por 52% do produto interno bruto da indústria (PIB) potiguar. A desativação da empresa representa uma ameaça aos 5.637 empregos que administra, sendo 1.437 efetivos e 4.200 terceirizados. A atividade da estatal também tem relação direta com royalties e a arrecadação de impostos municipais e estaduais.

Somando a isso, o RN produziu, por meio da Petrobras, 465,85 milhões de barris de petróleo, que em preços atuais representam um montante de mais de R$ 120 bilhões movimentados na cadeia produtiva do estado.

Diante das informações expostas, a bancada potiguar se comprometeu acompanhar os estudos técnicos da gestão estadual e participar do diálogo com o Governo Federal, a fim de evitar o desemprego, a queda de arrecadação e a responsabilização do passivo ambiental da empresa.

“Foi um debate muito saudável. Há opiniões divergentes, mas é unânime a preocupação com o futuro do estado. A hora é de reunir dados sobre o impacto dessa medida. Nós queremos saber as razões e os efeitos sobre os empregos, os royalties e os impostos gerados pela cadeia produtiva. A bancada vai estar unida e atenta a todos os passos”, afirmou Rafael Motta.

Governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra informou que, após ter sido informada da decisão pela imprensa, foi convocada para uma audiência com o presidente da Petrobras, general Castelo Branco, a ser realizada amanhã. “O maior acionista da Petrobras é o povo e a empresa deve cumprir a responsabilidade social. A Petrobras é responsável pela metade do PIB industrial do RN e o encerramento das atividades no estado pode gerar um desequilíbrio econômico e social. É um retrocesso”, disse ela.

Atuando desde 1951 no Rio Grande do Norte, a Petrobras teve uma produção média, entre janeiro e junho deste ano, de aproximadamente 23 mil barris de óleo por dia e 124 mil m³/dia de gás natural no Polo Potiguar. O anúncio da venda de 26 concessões no RN feito pela estatal na última segunda (24) inclui 23 marítimas e três terrestres.

Entre os bens ofertados, está a refinaria Clara Camarão, em Guamaré, que produz diesel, nafta petroquímico, querosene de aviação e gasolina, tornando o estado o único do país autossuficiente na produção de todos os tipos de derivados de petróleo.

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