Canal do Pataxó vai passar por manutenção.
Plano apresentado a Comitê da Bacia Piancó-Piranhas-Açu prevê uso provisório do Açude Pataxó para suprir demanda de água para agricultura
A captação de águas a partir da barragem Armando Ribeiro Gonçalves para suprir atividades econômicas no Vale do Açu, como agricultura irrigada e criação de camarão em cativeiro, passará por uma interrupção momentânea em virtude dos trabalhos de manutenção do Canal do Pataxó. Mas, o secretário estadual dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Paulo Varella, informa que uma alternativa já foi dada, enquanto não se concluem os reparos do canal, “a liberação de água do Açude Pataxó, uma vez que a comporta [do reservatório] já foi recuperada”, a fim de suprir a demanda de 24 usuários cadastrados no Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn).
O secretário Paulo Varela disse que “um dos grandes desafios do gerenciamento eficaz e efetivo dos recursos hídricos é, exatamente, o bom funcionamento da infraestrutura”, daí o fato de ter se reunido, na segunda-feira (22), com representantes do Comitê da Bacia Piancó-Piranhas-Açu e técnicos da Caern, Igarn, Semarh, com a participação do prefeito de Ipanguaçu, Remo Silveira, e representantes dos agricultores para tratar do monitoramento e da recuperação das estruturas do Canal do Pataxó.
Paulo Varela explicou que uma empresa já foi contratada para “estabelecer um plano de execução da obra porque o canal precisará estar seco para que os reparos possam ser feitos”. Como os agricultores, “lá na ponta serão atingidos”, o secretário disse “esperar que no menor tempo possível o canal possa estar restabelecido”.
O canal tem 9 quilômetros de extensão, iniciando-se na barragem Armando Ribeiro Gonçalves, ponto de captação, até o Rio Pataxó no município de Ipanguaçu. Além de água para irrigação e para abastecimento de comunidades rurais, ele também serve de ponto de captação da Adutora Sertão Central Cabugi.
Os reparos serão executados em 100 pontos, tendo sido determinado que o Igarn realizará a medição da vazão no ponto final do canal, conhecido como Bico do Pato, bem como nas proximidades de possíveis pontos de captação, a fim de definir qual a vazão necessária para a manutenção do abastecimento.
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