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 Celebridades aderem ao Movimento Machismo em Desconstrução.

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

Neste sábado (22/08), o movimento nacional EM DESCONSTRUÇÃO inicia a terceira e última onda da sua primeira fase, voltando o foco para outro tema polêmico: o machismo.

 

Ao lado de outros influenciadores que fazem parte do projeto, desta vez o músico Tico Santa Cruz, os atores Fabiano Augusto, Jonathan Azevedo e Nando Cunha; a personagem Suzy Brasil, interpretada por Marcelo Souza; e o sexólogo Mahmoud Baydoun irão se declarar “machistas EM DESCONSTRUÇÃO”. A intenção da iniciativa é trazer à consciência o preconceito estrutural, gerar a discussão e promover mudanças no dia a dia das pessoas que se sensibilizarem com a provocação.

 

Além do racismo e da LGBTfobia, o machismo também é um tipo de preconceito. Neste caso, expresso por opiniões e atitudes opostas à igualdade de direitos entre os gêneros, favorecendo masculino em detrimento do feminino. Pode ser traduzido como a opressão, de diversas formas, das mulheres.

 

Não faltam motivos para discutir o machismo

O machismo e o excesso de tarefas domésticas refletem na dificuldade de ascensão das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com o IBGE, elas são minoria em cargos de chefia. Em 2016, a porcentagem de mulheres em cargos gerenciais era de 37,8%. Segundo a American Psychological Association, a masculinidade tóxica tolera e até promove a agressividade – inclusive em relação à mulher –, os comportamentos de risco (uso de drogas, promiscuidade) e a resistência a procurar tratamento de saúde mental quando necessário, além de coisas ainda mais graves, como perpetuação ao encorajamento de estupro, homofobia, misoginia e racismo. Quando é feito um recorte de mulheres negras, a violência e desigualdade de acesso à educação e mercado de trabalho se somam ao racismo e ficam ainda maiores. De acordo com o 13ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 61% das vítimas de feminicídio são mulheres negras. Nos casos de violência sexual, elas também são maioria das vítimas (50,9%).

 

Outros nomes que fazem parte do projeto EM DESCONSTRUÇÃO: Fabio Porchat, Nany People, Fafá de Belém, Padre Julio Lancellotti, Zezé Motta, Junno Andrade, Junior Chicó, André Neto, Marcos Veras, Gustavo Mendes e Rafael Infante. A lista completa pode ser conferida em www.EMDESCONSTRUCAO.com.br.

 

“A ideia é expor preconceitos estruturais, que residem em cada um de nós, pois todos temos um pouco ou muitos conceitos pré-concebidos na construção do nosso caráter, isso, em função do meio em que fomos criados”, explica o idealizador da iniciativa, Marcos Guimarães, sócio-diretor da Designorama.

 

Composto por podcasts, lives, vídeos e posts para mídias sociais, o movimento EM DESCONSTRUÇÃO compreende três ondas (fases), com as personalidades falando na primeira pessoa, como uma espécie de confissão, um desabafo num grupo de apoio. “O diferencial é não apontar o dedo para ninguém, senão para nós mesmos. Nosso objetivo é transpor a atitude defensiva que as pessoas têm diante do tema. Desde as que tem 1% de preconceito até as que tem 99%, ainda por dissipar”, completa Guimarães.

 

Para dar apoio ao projeto, instituições sem fins lucrativos que combatem os preconceitos abordados pelo movimento EM DESCONSTRUÇÃO – como Educafro (@educafro) e Casinha Acolhida (@casinhaacolhida) – estão oferecendo orientação consultiva. O site da campanha (www.EMDESCONSTRUCAO.com.br) conta, ainda com informações sobre essas instituições e a melhor maneira de apoiá-los. Além disso, está prevista uma área para que qualquer interessado possa contar histórias pessoais relacionadas ao racismo, LGBTfobia ou machismo.

 

“O movimento EM DESCONSTRUÇÃO representa uma oportunidade de conscientização, diálogo e de aprendizado. Com certeza, durante o processo, nós também aprenderemos muito. Por isso, estamos abertos a novas ideias e queremos que todos se sintam confortáveis a colaborar”, finaliza Guimarães.

 

Sobre o movimento EM DESCONSTRUÇÃO

EM DESCONSTRUÇÃO é um movimento criado para expor e provocar a discussão sobre preconceitos estruturais, de forma a despertar a consciência de sua existência em todos nós, sem exceção. Lançada em agosto de 2020, a campanha, de abrangência nacional, irá abordar três grandes temas. Ao mesmo tempo, diversas personalidades irão reconhecer publicamente, suas crenças, sentimentos e tendências de comportamento pré-concebidos. O diferencial da iniciativa está no fato de que os seus participantes falam na primeira pessoa, como uma espécie de confissão, sem apontar o dedo para os outros. EM DESCONSTRUÇÃO é uma iniciativa conjunta entre empresas privadas, pessoas públicas e instituições sem fins lucrativos. O site contará com um espaço chamado “Conta Comigo”, no qual pessoas anônimas irão falar sobre a história delas, relacionadas aos temas. Saiba mais em: www.EMDESCONSTRUCAO.com.br

 

Sobre a Casinha Acolhida

A Casinha Acolhida é uma ONG carioca que iniciou suas operações há três anos com a proposta de oferecer apoio à população LGBTQIA+, em particular os expostos a situações extremas de vulnerabilidade e violações de direitos – oferecendo atendimento emergencial-pontual ou contínuo por profissionais voluntários, além de encaminhamento para uma ampla gama de profissionais da rede socioassistencial e outras organizações parceiras. Até o momento, a Casinha já prestou atendimento e orientação para mais de uma centena de jovens, além de programas e ações específicas nas vertentes de: empregabilidade, educação, cultura e saúde. Mais: www.facebook.com/pg/casinhaacolhida

 

Sobre a Educafro

O objetivo geral da EDUCAFRO é reunir pessoas voluntárias, solidárias e beneficiárias desta causa, que lutam pela inclusão de negros, em especial, e pobres em geral, nas universidades públicas, prioritariamente, ou em uma universidade particular com bolsa de estudos, com a finalidade de possibilitar empoderamento e mobilidade social para população pobre e afro-brasileira. Mais: www.educafro.org.br.

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