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Crédito Verônica Macedo.

Em alusão ao 13 de maio de 1888, data documental da abolição da escravatura no Brasil, a Câmara Municipal de Natal realizou, nessa terça-feira (14), uma sessão solene em homenagem ao protagonismo do povo preto nessa conquista e na luta contra os diversos tipos de racismo, bem como pelos direitos e espaços que ainda lhe são negados até hoje, 136 anos depois da Lei Áurea.

Foram homenageadas 20 pessoas e grupos de religiões de matriz africana e ameríndia, e com atuação na área da saúde, educação, segurança pública e cultura. A propositora da sessão solene, vereadora Brisa Bracchi, explicou que homenagear personagens de destaque do povo preto é trazer o protagonismo para aqueles que realmente conquistaram a liberdade para os ancestrais escravizados.

“Precisamos reescrever a história que nos foi contada, pois a abolição não foi dada pela princesa, mas sim conquistada por pretos e pretas”, afirmou a parlamentar. No que foi ratificada pela coordenadora da igualdade racial da Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH), Giselma Omilé, que acrescentou ainda que até os dias atuais o povo preto segue lutando por direitos básicos, que lhe são negados desde o dia
14 de maio de 1888.

Entre os homenageados, os líderes religiosos Ogan João de Oxalá (candomblecista) e Pai Freitas (juremeiro) ressaltaram que a ocupação de espaços como o da sessão solene na Câmara Municipal é sempre importante contra o racismo religioso, que tem crescido nos últimos anos.

Já para outro homenageado, Renato Santos, doutorando no Instituto de Políticas Públicas da UFRN, a sessão solene em alusão ao 13 de maio e em homenagem à luta do povo negro é importante para afirmar a existência da população preta em Natal e no Rio Grande do Norte, que sofreu a tentativa de apagamento.

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