Comissão de Saúde aprova projeto para que hospitais notifiquem casos de gravidez em crianças e adolescentes.
Redação/Blog Elias Jornalista
Na reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, os deputados aprovaram à unanimidade o projeto do deputado Dr. Bernardo (MDB) que dispõe sobre a obrigatoriedade das unidades de saúde notificarem o conselho tutelar sobre os casos de suspeita ou confirmação de gravidez em crianças e adolescentes menores de 14 anos. A reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira (7).
De acordo com o projeto, que contou com relatoria da deputada Cristiane Dantas (SDD), não somente os hospitais públicos, mas os privados, as unidades básicas de saúde, maternidades públicas e privadas, clínicas médicas e congêneres devem notificar o conselho tutelar sobre os casos de suspeita ou confirmação de gravidez em crianças e adolescentes menores de 14 anos.
Antes da votação, a Comissão de Saúde teve participação de um convidado especial, o médico infectologista Kleber Luz, que fez uma explanação sobre a variante delta, do coronavírus. O especialista alertou para a manutenção dos cuidados com relação a nova cepa, que tem alto poder de transmissibilidade e disse que que apesar da vacinação estar avançando, é importante manter todas as medidas sanitárias e de higiene.
Ele também orientou as pessoas com sintomas a ficarem em casa e se isolarem das outras do seu convívio domiciliar. “Quem tem sintomas deve ficar em casa, isolado, para evitar a transmissão e outra grande medida é a vacinação, que deve ser aplicada em todas as pessoas”, alertou.
Dr. Kleber citou outras epidemias ao longo da história da humanidade, como a malária, nos anos 1930. “Nos anos 30 a epidemia de malária matou milhares de pessoas. As epidemias sempre acontecem, mas na prática a gente tem que aprender a conviver com esses problemas e tentar minimizar os danos”, disse.
O infectologista alertou sobre a capacidade de se replicar do vírus e de sofrer mutações. “É uma das razões para a gente ver a dificuldade de controle no mundo inteiro. A cepa original ficou predominando em 2019 e 2020, mas já agora se começou a perceber essas mutações, que podem ter interesse clínico epidemiológico, que é quando representa a possibilidade de surgimento de um novo surto”, explicou.
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