Redação/Blog Elias Jornalista
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Proteção das Mulheres, dos Idosos, Trabalho e Igualdade da Câmara Municipal de Natal debateu, durante uma reunião virtual nesta quinta-feira (06), o andamento da vacinação contra a covid-19 na capital potiguar. Participaram das discussões, representantes do Conselho Municipal de Saúde, do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (SINTE-RN), além de líderes de movimentos sociais. Também presentes ao encontro, as vereadoras Júlia Arruda (PCdoB) e Brisa Bracchi (PT) e o vereador Robério Paulino (PSOL).
Conforme a vereadora Divaneide Basílio (PT), presidente do colegiado, a reunião propiciou ao Legislativo natalense ouvir as impressões dos profissionais da educação e saúde acerca da situação da imunização na cidade. “A partir das opiniões que tomamos conhecimento aqui, existe a necessidade de garantir um calendário para que todos os segmentos saibam quando cada um tomará a vacina. Em resumo, a conclusão é que as escolas só devem retornar às atividades presenciais com total segurança e que profissionais de todas as áreas não sejam tratados com descaso. É preciso preservar vidas e estamos aqui para contribuir”.
O representante do Conselho Municipal de Saúde, Sedru Cavalcanti, falou sobre a importância de estabelecer critérios técnicos e científicos para o Plano Municipal de Vacinação. “Informações da Secretaria Municipal de Saúde sobre a capacidade técnica, recursos humanos e logística podem ajudar para juntos garantirmos que a imunização seja feita observando os grupos prioritários. Por exemplo, precisamos saber a quantidade de idosos na cidade para mensurar de forma assertiva as doses necessárias”.
Por sua vez, Soraia Godeiro, do Sinsenat, disse que o uso não planejado das vacinas da reserva técnica acarretou a interrupção da segunda dose em todo país. “A aplicação desordenada dos imunizantes coloca em risco o Plano de Vacinação. Foi uma orientação errada do Governo Federal, que as prefeituras não deveriam ter seguido”, pontuou. “Quanto aos trabalhadores da Educação, propomos a vacinação de todos os profissionais. Afinal, as escolas não são feitas apenas de professores. Temos porteiros, merendeiras, assistentes de serviços gerais, entre outros”, concluiu.
Gustavo França, que representou o SINTE-RN, alertou sobre o alto número de mortes no país devido à pandemia e reforçou sobre a necessidade da ampliação da vacinação. “Diante deste cenário, somos contra o retorno das aulas presenciais porque não há condições da comunidade escolar circular nas ruas em meio a uma pandemia que já matou milhares de pessoas. Sem a vacinação em massa é impossível termos segurança para alunos e profissionais. Também precisamos prestar atenção no distanciamento social e nos índices de ocupação das UTIs”.
Ao final da reunião, a Comissão aprovou uma matéria de autoria do vereador Aroldo Alves (PSDB) e da ex-vereadora Natália Bonavides, subscrita pela vereadora Divaneide Basílio, que institui o Dia Municipal de Combate ao Assédio Moral no Município.
Texto: Junior Martins
Fotos: Francisco de Assis
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