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A crise econômica registrada atualmente pelo Rio Grande do Norte, e a possibilidade de agravamento dessa situação com a saída da Petrobras do Estado, dominaram os discursos durante o horário de lideranças da sessão desta quarta-feira (26) da Assembleia Legislativa. Os parlamentares também trataram de contratos polêmicos firmados pelo Governo potiguar e da distribuição do auxílio emergencial para quem atua na área cultural.
O primeiro a se pronunciar foi o deputado Tomba Farias (PSDB), que trouxe para o debate exatamente as recentes denúncias envolvendo contratos firmados pelo Governo do Estado. O tucano citou a compra de respiradores junto ao Consórcio Nordeste, no valor de R$ 5 milhões, mas que jamais foram entregues ao Estado. Além disso, voltou a destacar o aluguel de ambulâncias na Secretaria de Saúde pelo valor de R$ 8 milhões.
Tomba ainda elencou uma série de problemas identificados por ele no Estado. “Estamos sem estradas, temos um governo que traiu a classe trabalhadora com a reforma da Previdência, que negou o direito do piso aos trabalhadores da educação, que prometeu pagar folhas atrasadas e não fez”, disse. “Estamos com governo que não paga fornecedores há 10 meses, que não cumpriu compromisso da farmácia básica, que usurpou o Proed dos municípios, governo que não consegue fazer o tapa-buraco”, disse Tomba.
Já o deputado Ubaldo Fernandes (PL) abordou a ajuda emergencial que será paga aos trabalhadores da área cultural. O parlamentar enfatizou a importância da iniciativa, que permitirá a estas pessoas receber R$ 600 durante três meses. Os recursos são do Governo Federal, mas o controle dos pagamentos ficará sob a responsabilidade de Estados e municípios. Ubaldo revelou que realizará, por meio do seu mandato, uma audiência pública para debater o tema. “Queremos saber dos gestores desses órgãos como será o formato de distribuição desses recursos”, disse.
O deputado Nelter Queiroz (MDB) sugeriu ao Governo do Estado apresentar o projeto que garantirá segurança hídrica aos municípios do Seridó ao Governo Federal. No entendimento do emedebista, são necessários R$ 280 milhões para a realização das obras e somente com a ajuda federal a iniciativa sairá do papel. Nelter defende que o Governo do RN entregue a proposta para ser assumida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. “O RN é um pingo na água, o Governo Federal é algo enorme. Vamos nos desarmar”, pediu.
Hermano Morais (PSB) voltou a citar a saída da Petrobras do Rio Grande do Norte, ressaltando que este fato pode “agravar ainda mais o quadro econômico e financeiro vivenciado pelo povo do RN”. O deputado fez questão de enfatizar que é favorável ao investimento privado, como já vem acontecendo nos campos maduros, mas “não podemos prescindir da Petrobras, uma das maiores empresas do mundo. São mais de 40 anos no RN, trazendo recursos, receita, investimentos”.
Segundo Hermano, “o interesse de sair de forma definitiva do RN não se justifica. A Petrobras precisa continuar investindo no RN, não pode se ausentar em hora de dificuldade. Não podemos permitir”. O deputado disse que o RN perderá R$ 400 milhões por ano de receita, além dos empregos. “É só prejuízo para um estado que não tem mais o que perder, já está em insolvência, não tem nem capacidade de pagamento das suas obrigações”, finalizou.
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