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Crônica de Flávio Rezende “Escritos da Alma” : O legado legal de um paizão amado.

Escritos da Alma
– o sacrifício do artista –

Façamos um retorno no tempo para vermos o aperreio dos artistas de algumas épocas, na produção de nus, nos tempos medievais, por exemplo.
A ousadia, irreverência e coragem dos artistas prevaleceram e, hoje, as grandes obras do passado existem devido a essa determinação.

Uma energia avassaladora toma conta de escritores, artistas plásticos, escultores, coreógrafos ou cineastas, entre outros, que enfrentam todo tipo de problema, mas não abrem mão de trazer ao mundo suas artes e reflexões.

Muitos até com sacrifícios pessoais que incluem, inclusive, a morte.

Venho pensando em escrever sobre dois assuntos, aos quais, deverão pesar críticas e formulações pensamentais enraizadas em posições mais tradicionais, que reais.
A primeira é sobre o fim da vida a partir de uma decisão pessoal.

Um blogueiro local, diante de casos recorrentes, apela para que o assunto seja debatido.
Em vão, uma vez que dizem ser essa exposição dos eventos, combustível para outros, e nessas situações de se devemos falar publicamente ou não, os índices aumentam e a situação perdura inerte.
Não tenho opinião engessada, vejo argumentos bons em todas as posições, só tenho algo a dizer, quando estamos diante de alguém propenso, o que penso, geralmente não tem muita valia.
Venho percebendo que o papel mais importante é o de ouvir, fazer companhia, preencher o vazio.
Filosofias, conselhos etc, soam muitas vezes até como superioridades e o interlocutor não capta, antes pelo contrário, o classifica como alguém que o minimiza.
Então resumo com companhia, compreensão e torcida por finalizações felizes.

Aprofundamentos outros, deixemos aos profissionais.
O outro babado é Deus, decantado, reverenciado em todas as religiões como do bem, sempre associado a coisas legais positivas, que é responsável por tudo que ocorre.
É justo neste ponto que jogo luz depois de ver muitos resgatando pessoas vivas nos terremotos últimos e creditando e agradecendo a Deus esses “milagres”.
Então, ótimo, podemos contar nos dedos os achados vivos, vibramos, agradecemos, e os mortos, quase 50 mil, e assim vamos vendo ao longo da história da humanidade, glórias por migalhas e olhos de mercador para milhões de vítimas em holocaustos, terremotos, genocídios, louvando Deus por unidades que sobrevivem, escapam e ignorando milhões que sucumbem.

Entendem o ponto da questão? Deus para muitos só está presente nas migalhas, não se fala, comenta, analisa ele na imensa maioria negativa em praticamente todos os eventos terrestres?
Percebem que nos templos, mesquitas, igrejas, quiosques fazemos vistas grossas para pedófilos, corruptos, não somos contundentes com religiosos demoníacos?
É um mundo hipócrita, nega companhia aos que estão na beira do precipício com o pulo iminente e nega uma reflexão sobre esse pseudo Deus bonzinho, quando o que vemos de concreto são as pessoas pulando e os amigos recuando e o tal Deus bondoso não chegando junto em problema nenhum, posto que guerras ocorrem sempre, catástrofes matam mais pessoas maravilhosas que bandidos e genocidas, corruptos e ilusionistas continuam sendo eleitos em todo canto, com o voto e o apoio entusiasmado de seres que até estudaram, mas que se mostram tão ignorantes, quanto os que julgam, menores.
Luzzzz

Flávio Rezende aos vinte e cinco dias, segundo mês, ano dois mil e vinte e três.
17h58 – praia de Ponta Negra. Natal. Brasil

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