Escritos da Alma
– Plantar amizades e colher felicidades –
Estou naquela fase da vida em que se perde o interesse em tentar influenciar, posar de sábio, detentor de verdades. Antes pelo contrário, tô mais a fim de esvaziar a mente, jogar fora uma ruma de conhecimentos e ficar leve, fluído, como um bamboo oco deixando o vento passar e ouvindo só a melodia resultante.
Só tem uma pessoa que tenho interesse em opinar algum assunto, que é minha doce Mel – filha amada, e isso sem impor, só verbalizar como vejo certas coisas e deixar ela decidir sua existência. Gabriel por já ser adulto, nem a ele digo mais nada, só dialogamos no amor, na união e comunhão das boas energias. Já tem seu destino em suas rédeas próprias.
Digo isso por estar nos Estados Unidos numa jornada de setenta dias, Miami, New Orleans, Boston e New York, batendo perna diariamente e curtindo imensidades visuais, produzindo fotografias em rodo e vivendo essa experiência pela network que criei em toda minha vida.
Como sou um funcionário público aposentado, portanto nem rico e nem pobre, jamais poderia passar tempo muito nas citys de Tio Sam, se não contasse com essa rede que criei ao longo do tempo.
Resolvida a passagem, as hospedagens foram essenciais para a extensão do tempo aqui e, elas, são resultantes de amizades feitas em toda a vida, laços carinhosos que foram selados com a cola do amor e do respeito, possibilitando acolhidas amorosas e convivências fraternas.
Reencontrar brasileiros aqui residentes como Denise, Aninha, Emília, Rose, Fabiane, Soraya, Eduardo, Gleyse e Zoltan, além de outros novos que vão surgindo, é de uma felicidade imensa, reforçando a tese que amizades bem construídas, são alicerces eternos para conexões de ajuda no futuro, que é o que acontece comigo agora e que sempre aconteceu em Londres com Karla Couto, Paris com Américo Martins, Portugal com Rodrigo Cruz, Claudinha Ferreira, Karla Amaral e Beth Olegário, Itália com Tonho, Chile com Maria Elisa e etc, etc, etc.
Então jovens, mesmo estando sem querer opinar sobre nada, diante da idade zen e dos problemas atuais das posições antagônicas, digo só isso: construam amizades, conheçam pessoas, elas vão se espalhar pelo planet e, no futuro, mesmo você velho e meio liso, haverá pontes, welcomes e as portas do mundo estarão abertas, afinal você terá plantado corretamente e as colheitas, serão possíveis.
Experiencio hoje uma viagem inesquecível, só possível por causa de tantos seres queridos morando por aí.
Luzzzz.
Flávio Rezende aos cinco dias, quinto mês, 17h12, em New York.
Deixe um comentário