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Escritos da Alma – Considerações sobre caldo de feijão a cavala –

Escritos da Alma

Considerações sobre caldo de feijão a cavala

Anos passados tive a infelicidade de ver minha amada mãe virar refém das máquinas de hemodiálise.
Foi um horror deixar e pegar três vezes por semana, tornando a possibilidade de eu também adentrar aquele umbral uma sombra negativa em meu viver.
Fiquei tão apavorado que decidi fazer cirurgia bariátrica mais por amenizar o problema da diabetes, que necessariamente por causa do peso.
Fiz e hoje convivo com as restrições da decisão, tais como não poder comer doces, tapioca, sorvete, certos queijos, qualquer coisa com creme de leite etc.
Nos caminhos destas coisas que rolam em forma de dumping, descobri o feijão com ovo como o salvador da pátria para as farras cervejais e os almoços comemorativos.
E em pedindo a iguaria para fazer parêia com os goles de cervejas geladas, fui me lembrando dos tempos pretéritos com a famosa Tenda Cigana ali na vizinhança do Hotel Reis Magos, onde terminávamos as farras e movimentos noturnos nos anos 80 e 90.
Sendo assim a dupla ovo/feijão tem feito parte de minha vida e recentemente, vivendo novamente a solteirice, adentrei no mágico espaço do fazer culinário e entre um feijão verde, camarão com legumes e outras gororobas mais, fiz o meu próprio feijão a cavala.
São coisas da vida que vamos curtindo, associando a situações, rememorando passagens e curtindo tudo, pois é isso que a vida nos oferta, novos desafios, novos saberes e sabores, agora com eu mesmo no comando, além de temperos e muídos para a fabricação de escritos e reflexões.
Viva o feijão preto a cavala e viva a vida cheia de possibilidades miiiiisss.

Flávio Rezende aos dezoito dias, décimo mês, ano dois mil e vinte e quatro. 21h30. Praia de Ponta Negra. Natal/RN/Brasil.

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