Escritos da Alma
– o espaço mágico da arte –
O amor enorme por minha filha Mel adolescente – o mesmo que senti por meu filho já adulto Gabriel, vai gerando reflexões e reminiscências do que eu era ao tempo em que hoje, ela é.
Aí fico vendo a idade e tentando relembrar o que eu pensava e fazia naquela faixa temporal.
Tenho algumas recordações de chronos um pouco além do que hoje Mel se posiciona, eu na sala de aula do Salesiano São José na Ribeira, quando uma aluna amiga me solicitou confecção de poesia e fiz.
Outras leram, pediram igual gentileza e no atendimento das solicitações, descobri que tinha o dom de escrever.
A partir daí, empoderado e cheio de autoconfiança, comecei a escrever prosas e tudo que este mundo mágico da escrita possibilita.
O tempo passou e a arte começou a me seguir, tendo eu associado meu agir a vários aspectos da ação cultural e também social, imprimindo felicidade, realização pessoal e otimismo a minha existência.
Para coroar, já coroa, quando tudo parece estar chegando ao fim em vários sentidos, pintou a fotografia.
Veio na hora boa, quando já estava aposentado de tudo, achando que minha contribuição ao planet, aos filhos e à minha cidade e país já havia finalizado.
A arte fotográfica me revitalizou, mostrou claramente que a idade não é um fim, que pode efetivamente lhe mostrar novos nortes, apontar movimentos interessantes e que você tem como ser vivo e ativo a qualquer tempo.
Sou feliz por ter uma vida de identificação com uma energia tão singular como a arte, de ter tido a oportunidade de navegar num mar tão profundo e positivo como a maré do bem.
Sou realizado, ainda positivo e produtivo e ando fazendo meu próprio rango rsrs.
Pois é, galera, tem tanta coisa disponível por aí. Seja artesão, xô depressão. Luzzzz.
Flávio Rezende aos vinte e seis dias, décimo mês, ano dois mil e vinte e quatro.
17h53. Praia de Ponta Negra. Natal/Brasil
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