Redação/Blog Elias Jornalista
Acordo cedo e mantendo a tradição, esquento o café não mais no velho bule italiano – e sim modernamente, faço os arranjos gastronômicas e alterno goles e mordidas com papos diversos com Deinha no sofá, enquanto Chica, Lola e Huck, os três dogs, alternam posturas de esperança por migalhas comestíveis, brincadeiras entre si e reflexões caninas hamletianas.
Mesmo estando atualmente muito focado em fotografia, percebendo nas imagens o desejo de consumo e atenção dos seres viventes, não deixo morrer o escritor nascido e criado em meu interior, pois se chego aos sessentanos em processos criativos e recreativos ativos, torna-se mais efetivo e legal acrescentar que substituir dons.
E em assim sendo, neste momento opto por escrever, agregando inspiração a magia e energia do emblemático anos 60.
Primeiro, uma referência a nascença, pois pinto no planet em 61, identifico uma década me influenciado até idos 80/90, quando de vinte em diante, já sou mais formado e não conformado, e a postos atuando e definindo nortes que até hoje são balizas importantes.
Como me visto, o que ouço musicalmente, a derivada orientalista/indiana na fé, muito do que hoje ainda sou, está creditado nas influências e confluências desta década inesquecível.
Então vejam só, nasci em 61, tenho forte ligação com a década sessenta e, neste instante chego aos sessentanos.
Jogando um olhar retrô para melhor perceber a trajetória, vou lembrando as túnicas indianas, os quase 30 livros lançados, os eventos culturais organizados, festas, blocos carnavalescos e carnatalescos, a paixão pelo mengão e ABC, os dois belos filhos nascidos e amorosos, os casamentos – hoje com Deinha amando e querendo bem, muitas e muitas viagens, uma profissão querida demais e super/hiper/bem, vivências nas TVs, jornais, periódicos, magazines, revistas, tablóides, assessorias, enfim, uma vida de realizações ecológicas, culturais, sociais com a fundação e atividades da Casa do Bem, a moradia por duas décadas em Mãe Luiza, o amor pelos mais carentes, as ajudas contínuas e incessantes até hoje à causas, pessoas, organizações.
Para comemorar os 60 anos, o amigo e parceiro no bem Haroldo Mota, disse que plantaríamos um Baobá.
E assim o fizemos na presença da família.
É o marco do eterno, a árvore que fica por milênios, sólida, com fortes raízes na terra, no planeta que tanto amo, a consolidação das obras amorosamente ofertadas e ainda em processos de criação.
Não sei até quando estarei ativo e produtivo, mas creio já ter produzido algumas coisas que podem ser observadas, lidas e tocadas no pós eu aqui.
Sou feliz, cheguei aos sessentanos fazendo tudo que gosto e cheio de disposição para ainda materializar alguma contribuição.
Que boa situação.
Grato aos que somaram neste caminho.
Luzzzzzzz.
Flávio Rezende aos dezessete dias, sétimo mês, ano dois mil e vinte e um.
Ponta Negra, Natal, Brasil.
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