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Postado às 09h08 DestaqueEsporte Nenhum comentário

Brasil derrota Estados Unidos por 79 a 73 na final em Lima. (Foto: Alexandre Loureiro/COB).

Redação/Portal de Notícias e fotojornalismo/eliasjornalista.com

A noite fria deste sábado, dia 10, na capital peruana testemunhou uma conquista histórica da seleção brasileira feminina de basquete. Com menos de um mês de trabalho sob o comando do treinador José Neto, a seleção conquistou a medalha de ouro dos Jogos Pan-americanos Lima 2019. Como se não bastasse, derrotou a equipe dos Estados Unidos na final, por 79 a 73 (39 a 38), no Coliseo Eduardo Dibós. Porto Rico ficou com a medalha de bronze ao vencer a Colômbia por 88 aa 55 na partida preliminar.

O Brasil não chegava ao lugar mais alto do pódio no basquete feminino no Pan desde Havana 91, quando Fidel Castro se encantou com o talento da geração de Paula e Hortência, que três anos depois conquistava o Campeonato Mundial da Modalidade.  Mesmo em uma final, a equipe brasileira não chegava há 12 anos, desde os Jogos Rio 2007, quando o time então comandado por Janeth ficou com a prata ao perder para as norte-americanas. Na história, o país tem agora quatro ouros (Winnipeg 1967, Cali 1971 e Havana 1991), quatro pratas e quatro bronzes em Pan e nunca ficou fora dos quatro finalistas.

“O que fizemos esta noite foi uma conquista para todo o basquete feminino brasileiro. As meninas estão de parabéns, e toda comissão técnica também. Depois de tantos anos, conseguir essa medalha significa que é apenas o começo de uma nova era. Estamos voltando”, ressaltou a pivô Erika, após a a partida.

A campanha da seleção brasileira foi incrível. Na primeira fase, venceu Canadá, Porto Rico e Paraguai. Na semifinal derrotou a Colômbia. Na partida final, contando com toda a torcida peruana que lotou o Coliseu Eduardo Dibós, a seleção iniciou o jogo com a formação original Rapha, Patty, Clarissa, Érika e Débora. Mostrando a mesma intensidade na defesa que caracteriza os primeiros momentos do time de Neto, o Brasil encerrou o primeiro tempo na frente, por 39 a 38.

Destaque do Brasil nos Jogos Pan-americanos, Clarissa foi a cestinha do Brasil no primeiro tempo com 8 pontos (12 no final), mas apenas com 38% de aproveitamento. A ala-pivô, porém, saiu com três faltas e não voltou logo no início do segundo tempo. A cestinha da partida foi a Tainá, com 24 pontos e 67% de aproveitamento.

“Estamos iniciando um novo ciclo muito bem, conquistando uma medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos, coisa que não acontecia desde 1991. Hoje tive a oportunidade de me destacar, mas temos um grupo homogêneo, em que todas as atletas dão a sua parcela de contribuição; nesta final eu me destaquei mais, contudo, nos jogos anteriores outras jogadoras se destacaram e assim se forma um grupo coeso”, declarou Tainá.

Essa foi apenas a quinta partida oficial do treinador José Neto à frente da seleção brasileira, as cinco nos Jogos Pan-americanos.

“O Pan é uma competição importantíssima, que fizemos questão de vir com o que temos de melhor. Queremos resgatar essa hegemonia que o basquete feminino brasileiro tinha e a história que nosso basquete tem. Pouco a pouco vamos evoluindo, mas essa competição é muito importante para termos essa primeira resposta”, disse o treinador. “Cheguei com a expectativa de ver como seria na prática a nova metodologia que estou usando. É um novo processo que estou começando com o basquete feminino e o nosso maior termômetro são as meninas, que estão respondendo muito bem. Estamos vendo como elas estão se sentindo bem”, afirmou Neto, muito festejado após a partida.

Com informações do COB – Comitê Olímpico Brasileiro

 

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