Marca Maxmeio

Postado às 09h08 DestaquePolítica Nenhum comentário

(Foto: Eduardo Maia/Assecom/ALRN).

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

O tema predominante nos debates do horário destinado aos deputados na sessão ordinária por Sistema de Deliberação Remota (SDR) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, que aconteceu nesta quinta-feira (06), foi a situação da saúde no Rio Grande do Norte, especialmente no contexto da pandemia. Alguns parlamentares divergiram de opinião e apresentaram o ponto de vista deles.

O deputado estadual Vivaldo Costa (PSD) repercutir a entrevista dada pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao jornal Tribuna do Norte recentemente. “Gostaria de fazer alguns comentários sobre ele, que teve uma vivência no enfrentamento ao coronavírus e perdeu o cargo porque teve coragem de tomar posições sérias. Ele disse com todas as letras que ciência não torce por ninguém, não tem lado, quer evidência. Não tem partido político, quer a verdade científica”, enfatizou.

Contou o parlamentar que o repórter que entrevistou o ex-ministro perguntou se ele receitaria ivermectina ou cloroquina para combater a Covid-19. E ele respondeu que para combater a Covid-19 não, mas para combater verminose, a ivermectina é um bom medicamento. Já a cloroquina ele disse que é um bom medicamento utilizado há muitos anos como antimalárico e, para isso, funciona razoavelmente bem. Segundo Vivaldo Costa, o ex-ministro complementou ainda que não tem problema com remédio nenhum. “Não tenho problema de assumir riscos com medicamentos desde que eu saiba dos benefícios e até agora ninguém me demonstrou o benefício desses medicamentos”. A intenção do parlamentar Vivaldo Costa foi, portanto, de fazer uma crítica aos profissionais que prescrevem esses remédios indiscriminadamente.

O deputado Gustavo Carvalho (PSDB) repercutiu outra notícia, que, segundo ele, foi mais um ato irresponsável cometido pelo Governo do RN em relação à Covid-19. “Estávamos muito satisfeitos com o posicionamento do RN, com o decréscimo no número de óbitos no Estado. Mas o que estava acontecendo era que o Governo do Estado estava represando informações sobre mortes ao portal do Ministério da Saúde. Grande foi a estranheza da população com o mapa mostrando o aumento da doença no RN nos últimos dias, mas que se deu porque o estado lançou, em um só dia, 98 mortes, que haviam sido represadas em 7 dias”, falou.

Ele também falou do aumento da taxa condominial da Ceasa, que, de acordo com ele, aconteceu mesmo sem a diretoria cumprir nenhum dos compromissos assumidos por ela. “É importante que o governo tenha sensibilidade de que não pode haver reajuste sem que essas promessas de melhorias de estrutura sejas cumpridas”, disse.

A parlamentar Isolda Dantas (PT), por sua vez, rebateu as informações dadas pelo deputado Gustavo Carvalho. “Todos nós sabemos, e como o deputado Vivaldo mesmo disse, que a ciência não tem cor ou partido. A ciência diz que só se pode colocar um número no sistema quando é comprovada aquela morte. Se o governo quisesse criar pânico, não esperava a comprovação para incluir o número. Além disso, só é possível colocar os números quando enviados pelo município. Portanto, o RN fez foi a coisa certa”, falou a deputada.

“Estamos com 100 mil mortos no País, então vamos olhar para os fatos. Hoje a taxa de ocupação é de menos de 60% no RN e não foi obra do acaso, foi estratégia de fortalecimento do SUS, dos hospitais. Agora, vamos cobrar dos prefeitos o que eles têm feito, contradizendo a política do estado, que é baseada na ciência. Se tem uma coisa que confio e parabenizo é a estratégia do Governo do Estado para enfrentar a Covid-19”, acrescentou.

Ela também falou do anúncio da governadora feito nesta quarta-feira (05), sobre a implantação da Lei de iniciativa do mandato de Isolda, que diz respeito ao Programa Estadual de Compras Governamentais da Agricultura Familiar e Economia Solidária. “Serão mais de R$ 500 mil de produtos comprados da agricultura familiar”, informou.

O deputado Francisco do PT também reforçou o pronunciamento de Isolda Dantas sobre a atuação do governo no enfrentamento à covid-19. Disse que não haveria benefício para o governo represar números, que não haveria motivo para isso. “Precisamos, onde houver espaço para crítica e questionamento, fazer. Mas não é possível que não possamos reconhecer todo o esforço que o RN vem fazendo. A governadora Fátima Bezerra e toda a equipe dela, especialmente a Secretaria de Saúde, vem em um esforço gigante no sentido de reduzir os danos provocados por essa pandemia aqui no RN. Acho impressionante quando querem tirar o protagonismo do trabalho realizado pelo governo”.

Por sua vez, o deputado Getúlio Rêgo (DEM) opinou que o Governo do Estado montou uma equipe inexperiente, com conhecimento apenas acadêmico. “Ignorar o desastre que está sendo a saúde é simplesmente desrespeitar a dignidade das pessoas. Todos nós temos consciência que a saúde do RN já vinha padecendo de muitas limitações, mas, as dificuldades se ampliaram, se intensificaram. Querer creditar ao governo esse combate à Covid-19 é ignorar o esforço dos prefeitos. Pau dos Ferros, por exemplo, não tem nenhum paciente internado com o coronavírus, mas o governo esconde isso”, falou.

O deputado José Dias (PSDB) também criticou o governo, mas focou na necessidade de que seja enviado recurso para construção de uma escola no município de Jundiá. De acordo com ele, a escola (única com características de uma escola que atende aos estudantes de forma integral) foi iniciada, o convênio era de R$350 mil, mas o governo ainda não arcou com a parte dele. “O Estado tem obrigação em torno de R$ 200 mil, se ele desse a metade disso, o prefeito já deixaria a escola em condições de atender o alunado. Eu acho que isso não pode deixar de ser feito. Vamos tentar concluir essa escola. Os recursos não são volumosos, basta penas boa vontade”, disse.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *