Redação/Blog Elias Jornalista
Em live organizada pelo Grupo Prerrogativas, a Professora Fátima Bezerra compartilhou sua trajetória política e experiência à frente do Governo do RN neste momento desafiador.
A governadora Fátima Bezerra participou neste sábado (6) de uma “live” promovida pelo Grupo Prerrogativas em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, e debateu com professora Ana Estela Haddad; advogada e defensora dos Direitos Humanos, Sheila de Carvalho, e a advogada Gabriela Araújo sobre o lugar e papel da mulher na pandemia. A conversa foi mediada pelos advogados Marco Aurélio, Fabiano Silva dos Santos e pelo linguista Gustavo Conde, coordenadores do Grupo.
Em sua fala de abertura, Fátima lamentou o difícil momento que o país atravessa no enfrentamento à pandemia. “O coração não cabe mais de tanto luto e tanta dor”, desabafou.
Ela lembrou que no Rio Grande do Norte 94% dos leitos-covid estão ocupados na rede pública de saúde do estado, e citou a importância de ações rígidas para diminuir a velocidade de transmissão do coronavírus. “Aqui todas as medidas que tenho tomado são fruto de um amplo debate com a sociedade, e, no final, o martelo é batido tendo como norte a orientação do nosso comitê científico”, informou.
Após compartilhar um pouco de sua trajetória e conquistas como mulher parlamentar e chefe do executivo estadual, a professora Fátima Bezerra recebeu o reconhecimento e respondeu aos questionamentos dos participantes. “A governadora Fátima Bezerra é nossa grande referência hoje na política, afinal é a única mulher governadora do país”, declarou a advogada Gabriela Araújo.
Quando perguntada sobre seus maiores desafios enquanto mulher na política, a professora lembrou a transição do cargo de deputada para senadora, quando precisou fazer oposição a uma aliança de 18 partidos, liderada pelo então presidente da Câmara. À época, Fátima também teve importante papel como relatora do Fundeb. “A política para mim não é profissão, é uma missão, é um exercício enquanto instrumento de transformação da sociedade”, frisou.
O grupo debateu ainda os exemplos de enfrentamento à pandemia em países liderados por mulheres, os dispositivos de proteção social, como o auxílio emergencial, e a importância de políticas públicas nos cuidados às esferas mais vulneráveis da sociedade.
Por fim, a governadora fez uma reflexão sobre os avanços da atuação feminina na política brasileira e as dificuldades ainda enfrentadas pelas mulheres em um universo tão masculino. “Temos exemplos muito bons, no Brasil e pelo mundo afora, do quanto as mulheres dão conta do recado. Na verdade, o que elas precisam é de oportunidades, para mostrar a sua competência e o seu preparo”, concluiu.
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