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Ao prestar uma homenagem ao Dia Nacional do Voto Feminino, nesta quarta-feira (24), a deputada Márcia Maia (PSB) destacou a luta pela igualdade de direitos das mulheres em todo o País e lembrou que no Rio Grande do Norte o voto feminino foi exercido quatro anos antes do Código Eleitoral de 1932.
“Esse dia é um marco na história da mulher brasileira. Hoje estou aqui neste plenário, se tenho a oportunidade de representar tantas pessoas, homens e mulheres, milhões de potiguares, é graças às batalhas travadas no passado, que transformaram a nossa sociedade. O nosso Estado foi o primeiro a registrar voto feminino em todo o Brasil. Celina Guimarães Viana votou em 5 de abril de 1928”, enfatizou a deputada.
A deputada disse ainda que o caso ficou famoso mundialmente, mas a Comissão de Podres do senado, não aceitou o voto, mesmo depois de depositado na urna. No entanto, a iniciativa da professora marcou a inserção da mulher na política eleitoral. “Fomos pioneiras. Demos o primeiro passo, numa caminhada que ainda está longe de acabar”, acrescentou.
Em seu pronunciamento em plenário, Márcia Maia falou que a mulher conquistou o direito de votar e ser votada, que foi uma importante participação nos rumos da sociedade com a escolha política, mas o caminho a percorrer ainda é longo e árduo para assegurar a presença igualitária em posições de representação política.
“No mundo somos cerca de 3,5 bilhões de mulheres, metade da população mundial, Contudo, nos parlamentos espalhados pelo mundo, somos apenas 17,5% do total. No Brasil, a presença feminina na política é minúscula e gira em torno de 10% no Legislativo, sendo que elas são pouco mais da metade da população’, disse a parlamentar.
Márcia registrou ainda que até 2014 o Rio Grande do Norte tinha duas mulheres na bancada e passou a ter apenas uma. No Senado, ganhamos uma representação feminina. Nas Câmaras municipais do Estado, foram eleitos 1.826 vereadores e 332 vereadoras. Ainda segundo, a deputada, 33 prefeitas foram eleitas em 2012, representando 19,75 das prefeituras.
“Esse resultado, longe de um número sequer aceitável, ainda assim, nos deixa acima da média nacional que é de apenas 11,8%. Aqui na Assembleia o número de mulheres foi reduzido. Antes três deputadas, agora somos apenas duas”, destacou a deputada.
Márcia foi aparteada pelo deputado Fernando Mineiro (PT) que disse que “é Importante resgatar essa história para não deixar cair no esquecimento. As transformações no País são reveladas pelas datas” Lembrou que foi o avô do procurador legislativo da Assembleia, Israel Nunes que assinou a autorização para Celina Guimarães votar.
Assecom/ALRN
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