O objetivo é promover a reintegração social por meio da educação e da geração de renda
Dezenove egressas do sistema prisional concluíram nessa quinta-feira (3), cursos de qualificação profissional promovidos pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), através do Projeto Alvorada, em parceria com a Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) e o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN).
O objetivo das instituições é promover a reintegração social por meio da educação e da geração de renda, reduzindo a reincidência criminal e a violência. A entrega dos certificados ocorreu no auditório do Campus Natal-Central em evento marcado por mensagens de gratidão, recomeço e esperança.
O Projeto Alvorada promove cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) nas áreas de Auxiliar em Administração, Informática Básica e Empreendedorismo e Inovação. As aulas são presenciais, com práticas externas e estágios supervisionados. Nas aulas de campo, o grupo conheceu uma fábrica, uma instituição de microcrédito, além de instituições e secretarias de Estado. Essa foi a primeira turma formada pelo IFRN e já desenvolveu bons frutos com algumas participantes empreendendo no mercado formal.
O evento contou com a participação dos familiares das formandas, do reitor do IFRN, professor José Arnóbio; do coordenador do Projeto Alvorada, professor Albérico Canário; da professora do IFRN, Edneide Bezerra; do secretário da SEAP, Pedro Florêncio; da representante do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Tribunal de Justiça, Guiomar Veras; e da deputada estadual eleita Divaneide Basílio, além de participantes da rede de instituições nas áreas de políticas penais, educação e trabalho.
Para o secretário Pedro Florêncio, o projeto impacta positivamente a vida das egressas, possibilitando um recomeço. “Esse é um momento muito significante para mim também. Quando cheguei ao RN, em 2019, estávamos em último lugar na educação prisional do Brasil e hoje avançamos muito. Estamos em décimo primeiro em educação e somos o quarto do País que mais inscreveu privado de liberdade no Encceja. Quero dizer a vocês (alunas) que sempre há uma ocasião para recomeçar. Nós acreditamos em vocês”, disse. Para ele, as alunas são testemunhas da evolução do sistema prisional do Estado.
O reitor José Arnóbio destacou o compromisso do IFRN com a reinserção social, “enquanto as pessoas que mais precisam do estado brasileiro são as mais abandonadas”. “Que sociedade queremos para nosso País? Nós acreditamos na educação como elemento de transformação social”, disse.
O Projeto Alvorada também contempla 20 alunos em cursos oferecidos pela Escola Agrícola Jundiaí e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atualmente, o sistema prisional tem 78 detentos matriculados em curso superior através da modalidade de Ensino à Distância (EAD) e outros 798 estudando em cursos regulares nas unidades prisionais. No ENEM PPL, com provas previstas para janeiro de 2023, foram inscritos 1.378 internos e no Encceja PPL um total de 2.632 privados de liberdade realizaram as provas no mês de outubro.
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