Um grupo de 90 educadores infantis da Rede Municipal de Ensino visitaram no último sábado (17), o Museu Câmara Cascudo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A ação pedagógica faz parte da formação “Iniciação docente na educação infantil: reflexões e saberes para as práticas na Rede Municipal de Ensino”, realizada pelo Departamento de Educação Infantil da SME-Natal.
A intenção do encontro formativo é ampliar os conhecimentos didáticos para planejar e organizar atividades nas turmas da Educação Infantil, além de conhecer outros espaços favoráveis para diferentes possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento propiciadores de vivências diversas, como por exemplo, a educação museal, a partir do conhecimento do espaço existente e exposições presentes no equipamento público. A visita iniciou com as exposições Vibrantes Caminhos, Akangatu e incluiu a sala de Anatomia Comparada e o setor de Paleontologia onde foram apresentados esqueletos de animais e fósseis, encerrando no jardim sensorial no parque do Museu.
A assessora pedagógica do DEI, Maria Valéria Credídio Pareja, explicou que são quatro turmas a partir de uma formação virtual que tem uma potencialidade de abranger o maior número dos educadores infantis e com a proposta de atividades presenciais. “A formação é direcionada para professores iniciantes da Educação Infantil. É uma forma de conhecerem um pouco mais como funciona efetivamente a Rede Municipal como um todo e não só aquela unidade de ensino que eles estão trabalhando, mas conhecerem a nossa organização de formação, o pensamento que a Secretaria Municipal de Educação tem no direcionamento das atividades da educação infantil, sempre tendo a criança como foco do nosso trabalho, como centro fundamental de todo trabalho que é desenvolvido”, declarou.
De acordo com a assessora pedagógica Rosemeire Gomes, a visita foi pensada para contribuir com a formação cultural dos docentes e conhecer espaços que tem grande potencial dentro da cidade do Natal. “Organizamos essa visita para que os educadores vivenciem essa experiência de conhecer o ambiente, trazendo também um olhar enquanto professores na ampliação da sua formação cultural e uma opção de visitação para as crianças da Educação Infantil”, destacou.
Cristiana Moreira Lins de Medeiros, coordenadora do Setor de Ação Educativa e Cultural do Museu Câmara Cascudo, definiu que trazer professores da educação básica é transformar o museu enquanto equipamento didático. “Estamos mostrando o potencial do museu enquanto espaço educativo, incluindo o jardim sensorial que foi construído na perspectiva de inclusão e acessibilidade para que as pessoas possam trabalhar os sentidos como tato, olfato, audição, a visão da diferença de tonalidade de cores, texturas, formatos e questões sensitivas ecológicas”, disse.
Joilda Rogéria dos Santos Pinheiro Vale, professora do CMEI Mailde Pinto, do Conjunto Santa Catarina, afirmou que a aula de campo é importante para compartilhar saberes da história e da biologia. “A interdisciplinaridade que se trabalha com os alunos maiores, mesmo sendo educação infantil, seria bastante interessante a partir da visita ao museu”.
Já do CMEI Professora Cléa Bezerra de Melo, localizado no Guarapes, Josinade Maria da Silva Santos, destacou a importância do acervo bastante interessante na cultura do próprio Estado, como a existência dos fósseis encontrados em algumas regiões do RN. “Podemos fazer algumas atividades relacionadas e imitando os fósseis na caixa de areia, trabalhar com argila, fazer os artesanatos para contextualizar o assunto na sala de aula”, revelou.
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