Em menos de um ano, associação de agricultura familiar produz mais de 80 toneladas em Maxaranguape.
Redação/Blog Elias Jornalista
Geração de trabalho e renda para quem vive no campo é resultado do investimento de R$ 459 mil viabilizado pelo Governo Cidadão/Banco Mundial
Os números são grandiosos: 20 toneladas de melancia e outras 60 de jerimum, mais uma produção de bananas que passou das 30 mil unidades, tudo apenas de junho de 2020 para cá. E, neste ano, só o cultivo de macaxeira já deu para encher mais de 500 caixas. Apesar dos dados expressivos, não se trata de uma produção industrial, mas do trabalho de seis famílias que vivem da agricultura no município de Maxaranguape, na região do Mato Grande.
Associadas no Grupo Produtivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar, no Assentamento Nova Vida II, as famílias chegaram a esse resultado após receber apoio do Governo do RN. O montante de R$ 459 mil contou com a contrapartida da Associação no valor de R$ 78 mil e veio por meio do edital de Fruticultura Irrigada lançado pelo Governo do RN, através do projeto Governo Cidadão e da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE). A cifra é fruto do empréstimo estatal junto ao Banco Mundial.
“Fomentar o desenvolvimento sustentável é mais do que um projeto do Governo Cidadão; é um projeto de Estado, com ações que fazem a diferença agora e que ficarão ao longo dos anos, transformando a vida de milhares de famílias em todo o Rio Grande do Norte”, disse o secretário de Gestão de Projetos e Metas e Coordenador do Projeto Governo Cidadão, Fernando Mineiro.
Os recursos incluíram a perfuração e instalação de um poço tubular com capacidade para 55 mil litros por hora, cobrindo os 10 hectares de área irrigada; a aquisição de uma grade hidráulica para irrigação de grandes áreas, de um carroção com capacidade para 6 toneladas e de um trator. Além dessas aquisições, foi instalada uma packing house para embalagem das frutas e contratada assistência técnica especializada. Afora a ampliação da produção, os investimentos, aliados à cultura consorciada – com o cultivo de duas ou mais espécies diferentes simultaneamente – também trouxeram mais renda em um prazo mais curto de tempo – uma média de dois salários mínimos e meio por pessoa, mensalmente.
Plantio é realizado com venda garantida
O que antes supria apenas o sustento das famílias, hoje é plantado e colhido com a venda já garantida. “Vendemos para prefeituras, para o programa Compra Direta, pequenos comerciantes e até já estamos fornecendo para uma rede grande de supermercados. Digo que esse resultado é do Governo, onde fomos bem acolhidos em todas as portas que batemos”, agradece o presidente da Associação, Aurino Batista.
Mudas enxertadas de caju e de manga dos tipos Palm e Tommy, em meio aos pés de macaxeira, já começam a produzir frutas, mesmo com apenas pouco mais de meio metro de altura. Graviola e acerola completam a variedade de espécies que contam com um moderno sistema de irrigação.
“O Governo tem como uma de suas metas desenvolver a agricultura familiar com ações como o apoio às cooperativas e à Central de Comercialização da Agricultura Familiar. E o que vemos em Maxaranguape é justamente a concretização desta meta”, diz Guilherme Saldanha, secretário da SAPE.
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