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Energia elétrica: Nova tarifa, velhos hábitos . (Foto: Pedro Vitorino).

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

Podemos dizer que o Brasil é um país cuja produção de energia elétrica é agraciada por várias fontes renováveis, dentre as quais podemos citar a geração hidrelétrica, eólica e solar: sendo o nordeste brasileiro a maior fonte para produção dessas duas últimas fontes.

A energia elétrica é um serviço essencial e sua falta causa diversos transtornos à sociedade, prejudica a segurança, a saúde e a qualidade de vida de todos nós brasileiros. Garantido pela lei 7789/89, temos o direito de recebê-la de forma continuada e com uma tarifa acessível.

O valor final que pagamos não depende somente da bandeira cujo sistema está operando, mas principalmente depende de nossos hábitos de consumo, das decisões que nossos governantes tomam e até das fontes de energia existentes.

Desde 2018 a ANEEL aprovou a TARIFA BRANCA, como uma nova opção para os consumidores, porém só agora em 2020 os consumidores da rede de baixa tensão, independentemente do consumo, podem optar por operar nessa modalidade.

– O que é a Tarifa Branca?

Nada mais é do que a possibilidade de pagar mais barato pela energia nos horários em que a rede é subutilizada, ficando mais caro o consumo nos momentos de pico que compreende das 18 às 22h.

Antes da criação da tarifa branca, havia apenas uma tarifa, a CONVENCIONAL, que tem um valor único (em R$/kWh) cobrado pela energia consumida e é igual em todos os dias, em todas as horas.

A tarifa branca permite condições flexíveis, que incentivam os consumidores a deslocarem seu consumo para períodos alternativos cuja rede encontra-se ociosa. Assim, quanto mais o consumidor desloca seu consumo para horários alternativos, mais ocorre economia.

A Tarifa Branca não é recomendada para os usuários que não podem deslocar seu consumo para horários fora do pico e não é permitida para usuários de baixa renda pois já são atendidos por descontos especiais do Governo Federal.

Para aderir à nova tarifa, o consumidor precisa formalizar o pedido junto a concessionaria de energia e caso resolva desistir, pode retornar à modalidade convencional.

Fora a Tarifa Branca, existem as bandeiras tarifárias: verde, amarela e vermelha.
Verde – Condições favoráveis de geração, as contas não sofrem alterações;
Amarela – Condições intermediárias, cada kWh é taxado em R$ 0,01;
Vermelha – Condições desfavoráveis: Nível 1 cada kWh é taxado em R$ 0,03, Nível 2 cada kWh é taxado em R$ 0,05.

Além da tarifa de geração, convencional ou branca, às bandeiras tarifárias, verde amarela e vermelha, ainda incidem valores sob a conta de energia que pagamos.

TUSD – Tarifa de uso do sistema de distribuição: é o valor que nós consumidores pagamos a concessionária pela distribuição e recebimento da energia elétrica;
PIS, COFINS, ICMS – Impostos federais e estaduais que oneram nossa conta;
Custeio da Iluminação Pública – Taxa cobrada pelo município para bancar a implantação de iluminação e manutenção dessa nos locais públicos de cada município.

– Será que vale à pena essa Tarifa Branca?

É controverso e depende muito dos hábitos de consumo de cada um. As famílias precisam se reeducar e controlar os gastos energéticos. Se superados os desafios, essa tarifa parece uma boa alternativa.

-Como dica: cada caso é um caso. Cada consumo precisa ser estudado antes de pensar em mudar a tarifa, além disso os hábitos precisam ser modificados, pois pode impactar diretamente no conforto e segurança de cada consumidor.

Texto e Foto: Pedro Vitorino

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