Redação/Blog Elias Jornalista
Escritos da Alma
– filhos a tiracolo para lançar bem no desconhecido –
Acordei cedo na capital Paulista e como Deinha se prontificou a levar Mel para uma sessão de fotos específicas sobre balé, recebi salvo-conduto para ir fotografar o Planet e decidi pelo tradicional mercado municipal e o domingo da diversidade na Avenida Paulista.
Passei o dia batendo pernas, ouvindo mantras do Hare Krishna, fotografando e pensando.
No fim do reinado do sol, esperando a taxa do Uber baixar para ao hotel mais em conta retornar, decidi comer, refletir e escrever.
Aí vieram os filhos, o que meus pais fizeram pelos seus, as oportunidades, os colégios particulares, natação, futebol, carros, mesada, presentes, viagens, almoços e jantares, roupa lavada, compreensão diante de aprontações e mil outras coisas.
Meus pais já morreram e deles só tenho o que agradecer, quanto ao tempo a nós dedicado, os arranjos, renúncias e desejos de que cada um de nós sejamos felizes.
E tudo que recebi – vejo em Deinha e Juciara – mães dos meus filhos – reproduzidos em Mel e Gabriel, sabendo desde já, que a profecia do cantor “in memorian” Belchior de que “somos os mesmos e vivemos, como nossos pais”, será mote ad infinitum deles e de todos, com os que virão.
Com Gabriel era o futebol. Tivemos na AABB com Noé, ABC, levei para Portugal, Estados Unidos, voltou para Globo e América e no fim seguiu curso de direito, estando agora praticamente aprovado num concurso federal.
Em todo processo estivemos juntos, grana, disposição, pagamentos, renúncias, viagens, emoções diversas, mas sempre colados e seguindo.
Mel já passou por vários gostos, todos com nossa presença e se encontrou no balé.
Estamos eu e a mãe juntos e grudados também na persecução deste sonho dela com a viabilização de cursos, concursos, apresentações, viagens – despesas que creditamos no banco do amor, afinal, que belo prazer é fazer pelos nossos filhos, o que nossos pais fizeram por nós, assim retroalimentamos a cadeia positiva e divina do amor real.
E nesta linha do tempo em que fomos ajudados e ajudamos, em que tivemos o amor pelo que sonhamos e agora empoderamos amor pelo que nossos filhos almejam, reside a verdadeira essência do que buscamos no que chamamos de religião.
Amar a todos e servir a todos – aos nossos filhos e aos filhos de todos, quando percebemos nesta caminhada, que se somos UM, como ficar indiferente aos demais.
Portanto façamos tudo pelos nossos filhos e tenhamos olhar carinhoso e ações humanitárias efetivas com os filhos dos outros, que têm o mesmo desejo e amor nosso, mas não a mesma situação material para execução de seus anseios justos e amorosos.
Luzzzzzzz.
Flávio Rezende aos dezesseis dias, primeiro mês, ano dois mil e vinte e dois. 18h. Av. Paulista, SP.
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