Redação/Blog Elias Jornalista
Escritos da Alma
– o que de fato aprendemos com Jesus? –
Boa Páscoa e Semana Santa para todos. Faz tempo que escrevo e a intenção tem sido quase sempre de que a produção seja positiva, revelar o lado bom da vida, incentivar a partilha, empoderar o amor, valorizar a família e apostar na paz.
Tudo isso é 100% Jesus, mas no altar da minha sinceridade não posso deixar de abordar temas sensíveis e de expor o que penso, mesmo perdendo seguidores – como tem acontecido, afinal preciso ser fiel ao que penso e, revelo, nunca fui de muita aproximação com o cristianismo, exceto em tempo de colégio pois minha geração só estudava neles e papai nos levava para a missa numa espécie de camisa de força amigável.
Acho as missas um saco e pela vivência, vejo claramente que a maioria dos que frequentam passa longe do ali dito.
Os próprios membros da estrutura são frequentemente pegos em ações radicalmente condenáveis, roubam, praticam infanticídio, se dizem abstêmios de sexo, mas raríssimos de fato são e a tal Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana, desde sua fundação, virou um antro de pessoas pequenas, refugiados de traumas diversos, infringem todo tipo de espiritualidade acobertados pela confraria do silêncio e pelo manto da impunidade, só recentemente levemente suavizado em decorrência da pressão das mídias sociais que expõem padres, freiras, coroinhas, pastores, em ações e omissões que nem preciso relembrar.
Isso no mundo cristão como um todo, incluindo os protestantes, evangélicos etc, hoje um dos mais sérios antros de falsos religiosos do planeta.
O terreno do cristianismo recebeu sementes de tudo que não presta, estando hoje a estrutura banhada em ouro, com bancos, pix nas bancadas, enquanto as prostitutas, enfermos, pobres, pretos, homossexuais e perseguidos se acessam os espaços são olhados de lado, se pedem chamam de vagabundos e na manifestação política, são taxados de comunistas.
Claro que nem tudo é negatividade e hipocrisia, tem os bons, verdadeiros cristãos, que a exemplo do Mestre, são perseguidos, transferidos, ignorados e, se ainda estivéssemos há 2022 anos atrás, certamente seriam: crucificados.
Não sou cristão, ateu, muçulmano, hindu, eu sou eu e o que faço e produzo.
Me recuso a pertencer a algo, se tenho o DNA cósmico da diversidade planetária.
Pertencer a alguma religião na minha humilde opinião é prisão.
Admiro todos os seres que falaram e fizeram algo significativo e relevante. Nenhum fundou religião nenhuma.
Os homens pequenos tornaram essas grandiosas falas em pequenas convenções e a poesia evaporou.
A verdadeira religião é ser bom. Se o cara reza de cabeça para baixo, come ou não come isso e aquilo, casa ou não casa, isso não tem a ver com Deus, tem a ver com o livre arbítrio de cada um.
Todos nós somos Deuses e as religiões fundadas pelos homens imperfeitos – para a obtenção de ganhos materiais, prazeres sensuais e aferições egoístas, são os verdadeiros pecados.
Perdão pela sinceridade.
Luzzzzzzz
Flávio Rezende aos quinze dias, quarto mês, ano dois mil e vinte e dois. 14h25. Praia de Camurupim. RN-BRASIL.
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