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Flávio Resende – Jornalista,  Fotógrafo, Escritor e Ativista Cultural.

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

**Flávio Resende – Jornalista,  Fotógrafo, Escritor e Ativista Cultural.

Acordo cedíssimo para não perder um segundo do meu último dia, da milésima, enésima vez, que jogo meu corpo no mundo e baixo por uns dias na Pipa.
Aposentado e com agenda nunca antes na história de minha vida, 100% a ver, combinei com esposa aqui ficar depois do Dia dos Pais em Jampa, e parto para fotografar em banda de lata e escrever o que bem desejar.
De fotos só hoje, depois de 9.487 passos, já são 364, fora as de ontem e anteontem.
Cheio de boas energias, imagens fartas e disposição de escrever idem, sento na Barraca da Beta e tento selecionar um turbilhão de inspirações.
Os argentinos estão em toda parte, jovens, deixaram sua pátria, não estudam, só surfam, trabalham e curtem as coisas da juventude, mesmo que muitas vezes puxando um baseado e namorando que ninguém é assexuado.
Observando eles em todas, pensei em sugerir a criação de uma espécie de cooperativa para adquirir bens e evoluir no empreendedorismo. Solitários ficam carentes, juntos podem progredir.
Depois passei a pensar em outras coisas a abordar, mas os vendedores não deixam. Oferecem insistentemente tudo que for possível e, quando não conseguem, puxam papo, falam da família, do time e no portunhol hilário da ocasião, dão conselhos, desejam saúde e pedem que fiquemos com Deus.
Difícil escrever diante de ostras, tapiocas, cocadas, redes, massagens, sanduíches naturais cheios de carnes e molhos, tatuagens de henna, passeios de lancha, miçangas, picolés e até massagens nos pés.
Eis a vida, cheia de possibilidades, fotos diversas, textos vários, serviços múltiplos, seres buscando viver, estar, sobreviver e existir.
Reclamar de que? Estive nos EUA, tudo nos conformes, coisas delimitadas, reguladas. Ótimo? Claro, mas termina enjoando e ao chegar na feira do Brasil, na pluralidade dos apelos, nas normas aviltadas, nas leis relegadas, também percebo beleza, vida, necessidade informal de se manter ativo.
A vida é isso, em cada canto um encanto, uma forma de acontecer e, estando por aí, com a mente aberta, coração compreensivo e disposto a imprimir essas pequenas observações cotidianas, permanecerei como uma testemunha fotografando, escrevendo, participando, vivenciando, sendo parte das partes deste TODO planetário .
Luzzzzz.

Flávio Rezende aos treze dias, oitavo mês, ano dois mil e dezenove, 11h59. Praia da Pipa/RN/Brasil.

Mais no www.blogflaviorezende.com.br

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