Redação/Blog Elias Jornalista
O ano começa com a chegada da Família Schurmann e tripulação do veleiro Kat em Natal com a Voz dos Oceanos, expedição mundial que conta com o apoio global do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Vindos de Fernando de Noronha, os velejadores ancoram a embarcação no Iate Clube do Natal, primeiro ponto da ampliação da rota brasileira em consequência da nova cepa da COVID-19, Ômicron. “Diante desse desafio, decidimos minimizar ainda mais os riscos e transformar esse momento em uma oportunidade de ampliar nosso roteiro nacional, valorizando ainda mais o Nordeste e incluindo o Norte em nossa jornada, que permanece no País por mais 50 dias. Ou seja, o desafio motivou uma adaptação que nos leva a contemplar praticamente toda a costa litorânea do Brasil e estamos muito felizes em começar 2022 trazendo nossa Voz dos Oceanos para o Rio Grande do Norte”, conta Vilfredo Schurmann.
A expedição que teve início em agosto de 2021 em Balneário Camboriú, Santa Catarina — e agora chega em Natal — passará por mais de 60 pontos no Brasil e no mundo, até desembarcar na Nova Zelândia em 2023. Na capital potiguar e região, Família Schurmann e tripulação Voz dos Oceanos conferem iniciativas locais e participam de atividades relacionadas à sua missão de conscientizar a população mundial a respeito do lixo plástico nos oceanos, buscando e dando visibilidade a soluções que estão sendo desenvolvidas, no país e no exterior, para combater este problema. “É muito triste saber que tantos animais morrem diariamente ao ingerirem plástico, incluindo tartarugas, baleias e aves marinhas. Afinal de contas, cerca de oito milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos todos os anos. E essa é uma questão que já afeta também a nossa saúde. Por meio da cadeia alimentar, também estamos consumindo micro e nano-plástico. Precisamos mudar de atitude o mais rápido possível”, aponta Heloisa Schurmann, que ao lado da Família é defensora da campanha Mares Limpos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Assumindo essa missão e vontade de deixar um legado para as próximas gerações, oceanos e planeta, Família Schurmann e tripulação levaram, em 2021, a Voz dos Oceanos para 12 destinos nacionais: Balneário Camboriú/SC, Santos/SP, Ilhabela/SP, Ubatuba/SP, Ilha Grande/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Búzios/RJ, Vitória/ES, Abrolhos/BA, Salvador/BA, Recife/PE e Fernando de Noronha/PÉ. Nesta semana, chegam em Natal/RN, onde permanecerão por cerca de 10 dias para, então, navegar pelos Estados do Maranhão e Pará — último ponto da expedição no Brasil. De lá, zarpa para a rota internacional, navegando por lugares como Caribe, costa atlântica dos Estados Unidos, arquipélago das Bermudas, México, canal do Panamá, Galápagos, Oceano Pacífico Sul, Polinésia e Nova Zelândia — onde a expedição conclui sua missão passando por mais de 60 lugares nacionais e internacionais em dois anos. Voz dos Oceanos conta com o patrocínio de Corona, Natura Kaiak, Faber-Castell, Sabesp e RaiaDrogasil – que acaba de embarcar na expedição.
Veleiro Kat: práticas sustentáveis
Ancorado no Iate Clube do Natal, o veleiro Kat possui seis cabines, duas salas, uma cozinha e três banheiros. Entre os diferenciais da embarcação está a quilha retrátil hidráulica e todas as soluções sustentáveis. O veleiro faz uso de energia limpa (eólica, hídrica e solar) e conta ainda com geradores de baixo consumo e sistema de tratamento de esgoto. Para a Voz dos Oceanos foram efetuadas algumas melhorias, entre elas, ampliação da capacidade de geração de energia limpa de 75% a 100%, adoção de baterias de Lithium, mudanças no tratamento de águas com ultravioleta na fase final. Além disso, todo o lixo produzido é devidamente tratado. O barco possui uma composteira para tratar o lixo orgânico, um compactador de lixo reciclável e uma trituradora de vidro. Vale destacar que, além de todas as inovações e soluções sustentáveis presentes no veleiro Kat, Voz dos Oceanos adota de medidas capazes de neutralizar a emissão de carbono gerada tanto nos preparativos como na expedição em si, não se restringindo apenas aos índices da embarcação, mas também do escritório em São Paulo. Em parceria com a StarBoard, já estão sendo calculadas as emissões geradas para serem neutralizadas com o plantio de espécies típicas de manguezais que integram o ecossistema costeiro.
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