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A democratização do acesso aos recursos públicos para expressões artísticas e a comunicação comunitária foi a tônica do evento realizado na noite desta quinta-feira (26) no Teatro Lauro Monte Filho, em Mossoró. O Governo do RN, por meio da Fundação José Augusto (FJA) anunciou o edital Cidadania Cultural, que disponibilizará R$ 1 milhão para projetos na área cultural, e a Agência de Fomento do RN (AGN) abriu a linha de crédito Pró-cultura, que concederá empréstimos de até R$ 10 mil para profissionais da área artística.
Na mesma solenidade, foi anunciada a criação do Grupo de Trabalho (GT) para elaboração do Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial, a ser conduzido pela Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH). O GT é composto por 14 representantes do governo e outros 14 indicados pela sociedade civil. Neste caso específico, o grupo é composto por representantes de comunidades remanescentes indígenas, quilombolas, ciganos e povos de terreiro.
Na abertura do evento, o poeta popular Antônio Francisco fez um breve recital, seguido das apresentações do grupo MPB 3 e do músico Genildo Costa, secretário de cultura de Grossos. Uma das grandes novidades da noite foi a inclusão do circo e das rádios comunitárias no edital de cultura. Na ocasião, estava presente o presidente da Abraço (Associação das Rádios Comunitárias), Thomas Sena, que fez a transmissão ao vivo para uma rede de rádios comunitárias do Rio Grande do Norte.
“Vamos celebrar que temos um governo no qual a democracia fala mais alto. Temos um governo no qual o povo fala mais alto. O que mais me anima e renova a minha esperança é a marca que estamos construindo. O diálogo. Da mesma forma que dialogamos com os trabalhadores, dialogamos com a classe empresarial, dialogamos com as pessoas de todas as raças e credos”, resumiu Fátima.
Chamada por muitos como a governadora da inclusão, Fátima fez questão de destacar que esse momento é muito importante porque vai de encontro à política nacional, no qual as portas para educação, cultura e diversidade estão se fechando. “Precisamos avançar o legado que conseguimos construir”, pontuou.
O presidente da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto, explicou que o teatro, a música, o circo, as artes visuais, o audiovisual e as rádios comunitárias estão sendo contemplados neste edital, mas outras expressões artísticas serão contempladas no próximo. “Nossa governadora sempre foi uma pessoa ligada à cultura, desde quando foi deputada estadual e criou a Lei Câmara Cascudo”, relembrou.
Para a diretora presidente da AGN, Márcia Maia, abraçar a cultura não significa apenas gostar ou simplesmente aplaudir, mas também apostar e investir na cultura. “Apoiar aqueles que vivem da cultura. Ampliar os investimentos para que os que sobrevivem da cultura possam se fortalecer”, afirmou. Ela lembrou que o Pró-cultura oferece bônus para a adimplência, além de descentralizar o atendimento através de escritórios do empreendedor e postos nas centrais do cidadão.
Como representante das minorias, a secretária Arméli Brennand (SEMJIDH) agradeceu o empenho da governadora em efetivar o Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial e por dar visibilidade aos grupos ali representados. “A senhora dizia que só acreditava num governo que fosse voltado para o povo. Eu trabalhei por longos 33 anos no RN. Atuei bastante aqui na região Oeste. Fui promotora de justiça por longos anos. Eu não ouso dizer que precisamos resgatar a cidadania, porque só se resgata algo que se perdeu. Mas o brasileiro nunca verdadeiramente teve cidadania. Para tanto, é preciso que se construam políticas de acordo com as necessidades do povo”, definiu.
Por fim, ela também agradeceu a presença dos representantes dos povos negros, indígenas, ciganos e de terreiros. “Todos que representam a diversidade, as pessoas que verdadeiramente construíram esse pais. Aproveito para destacar aqui também o resgate do Conselho Estadual de Políticas Públicas para Juventude”. A deputada estadual Isolda Dantas encerrou os discursos da noite, dedicada à cultura e à inclusão racial, e falou do sonho de ver a classe artística de Mossoró atuar, de fato, com liberdade de expressão. “Esse tipo de edital é realmente uma forma democrática e agregadora de acesso aos recursos públicos. É permitir que a arte chegue para todas as camadas da população. Eu não poderia deixar de destacar também o fato de a Fundação José Augusto ter lembrado do circo”, declarou.
Além dos já citados, foram convidados a compor a mesa o subsecretário da Juventude, Gabriel Medeiros; os vereadores Alex do Frango e Genilson Alves; a coordenadora da promoção da igualdade racial, Giselma Omilê; a secretária adjunta da Educação, Márcia Gurgel; os secretários de Estado Alexandre Lima (Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar) e Iris Oliveira (Trabalho, Habitação e Ação Social) e a presidente da Aduern, Patrícia Barra. Também estavam presentes no evento a secretária adjunta da Casa Civil, Samanda Alves e o subsecretário da Educação, Marcos Lael, e o Padre Manoel Guimarães.
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