FENAJ divulga dossiê sobre jornalistas vitimados pela Covid-19

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

Pesquisa realizada pelo Departamento de Saúde da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) revela que desde o início da pandemia de Covid 19 no Brasil até o final de janeiro de 2021, pelo menos 93 profissionais de imprensa (da ativa e aposentados) perderam a vida após contrair a doença.

Esses dados podem não refletir a crua realidade das mortes na categoria, pois não existe um mecanismo oficial de registro dos casos. A pesquisa foi realizada por meio de buscas em notas de jornais, informações coletadas com
os sindicatos de jornalistas de todo o país e relatos vindos diretamente de amigos e parentes das vítimas. No entanto, é plausível imaginar que tais informações estejam subnotificadas, o que leva a crer que esse número possa ser
ainda maior.

No início de fevereiro foi registrada mais uma vítima, uma cinegrafista de São Paulo, elevando esse número para 94.

Números assustadores

Até a data de encerramento da pesquisa, o mundo registrava 100.270.602 casos, com 2.157.355 mortes. Dessas, 220.161 apenas no Brasil. Ou seja, apesar de representar pouco mais de 2% da população mundial, o país responde por mais de 10% dos óbitos.

São Paulo é o Estado com maior número absoluto de casos, mas chama a atenção a incidência no Estado do Amazonas, que com uma população dez vezes menor (4,2 milhões em AM contra 44,6 milhões em SP) registra os mesmo número de casos 14 mortes em cada estado.

Também deve ser ressaltado o exponencial crescimento dos óbitos nos últimos meses. Entre julho e agosto de 2020, as mortes na categoria se mantiveram relativamente estáveis, tendo um crescimento acelerado nos
dois últimos meses do ano e “explodindo” em janeiro de 2021.

Dossiê Completo: https://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2021/02/DOSSIE-FENAJ-COVID19_2020_2021.pdf