Fernando Gurgel se define como um ser urbano, um observador da vida cotidiana nas cidades. Em sua mais nova exposição, ele apresenta esse olhar apurado em uma série de 14 quadros, produzidos em acrílica sobre tela, que compõem a exposição “Corpocidade”, realizada com apoio do Governo do RN, por meio da Secretária Extraordinária de Cultura e da Fundação José Augusto (FJA). Neste sábado, na Pinacoteca do Estado, a partir das 10h, será realizada a abertura da mostra, que permanecerá em cartaz até o dia 28 de abril. A curadoria é assinada pelo crítico de arte e colecionador Manoel Onofre Neto
Aos 66 anos, Fernando Gurgel retoma sua rotina de produção e aulas no ateliê, após passar um tempo em repouso, devido a problemas de saúde. Conhecido por seu jeito reservado, ele aceita o convite da reportagem e concede entrevistas em vídeo e posa para fotos, enquanto conversa acerca do significado da exposição, sobre o seu olhar “daltônico”, como faz questão de citar.
“A série ‘Corpocidade’ reflete sobre o tempo presente, sobre o urbano, sobre o ser humano enquanto figura central desse espaço. São imagens cotidianas, extraídas das ruas, do ir e vir solitário das multidões anônimas guiadas por horas e distâncias. São cidades que residem em nós, corpo urbano habitado por mapas, arquitetura, tecnologia e tempo, a conduzir-nos a outros espaços, ao outro ou ao nada”, argumenta Fernando. Ele morou em grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde estudou artes e comunicação, e sempre traz consigo essas vivências.
Deixe um comentário