Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com
A primeira Formação online da Secretaria Municipal de Educação (SME) ocorreu na quarta-feira (19), reunindo 130 assessores pedagógicos dos Departamentos de Atenção ao Educando, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Gestão Escolar para participarem da palestra “Letramento Digital e Ensino Remoto: desafios da pandemia”, com a professora doutora Cristina Leandro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A temática foi discutida durante três horas na plataforma Google Meet.
A secretária adjunta de Gestão Pedagógica, Ednice Peixoto dos Santos, ressaltou que neste momento de pandemia as equipes formadoras da secretaria não pararam e estão utilizando as possibilidades da internet para dar continuidade ao trabalho pedagógico. “Vocês nesse momento difícil não se acomodaram, continuaram trabalhando com afinco, fazendo formação, recebendo informações, porque por ser educador, é ser educador, o tempo todo. Não somente quando está dentro de uma escola, dentro de uma sala de aula. Como educador, nós temos uma responsabilidade muito grande”, afirmou.
A diretora do Departamento de Gestão Escolar, Wanessa Cristina Rodrigues, contou que a formação está na sua segunda etapa e em parceria com a UFRN. “Gostaria de trazer alguns dados relevantes sobre a formação, que aconteceu com os diretores das unidades de ensino na segunda e terça-feira. Nós tivemos a participação de 210 diretores por dia. Foi uma participação muito boa. É importante pois estamos conhecendo o trabalho do outro, valorizando e integrando, e compartilhando com a representação de todos esses departamentos nesse momento”, explicou Wanessa Rodrigues.
A palestrante abriu a conversa online explicando como as tecnologias estão inovando e com novas relações. “Saímos de uma relação física presencial para uma relação virtual, para uma relação à distância, para interações a distâncias. A partir desse isolamento, as famílias passaram a ser relacionarem igualmente, os amigos, o trabalho, tudo passou a ser remoto, houve uma mudança na sociedade. Uma mudança nas relações, nas formas e isso faz interações, mediadas por outros instrumentos e recursos. Nós tivemos um impacto também em relação às tecnologias, aprender a usar, aprender a se comunicar, a se relacionar, não se isolar por inteiro. As tecnologias que trazem informações de uma hora para outra, de um minuto, de um segundo, de um lado a outro do mundo”.
A educação remota não é educação à distância. Cristina Leandro comentou que o ensino remoto se aproxima do presencial, tem uma perspectiva de manter o vínculo entre estudantes, professores e demais profissionais, mantendo formas e alternativas para esse fim. “É mediado por tecnologias digitais, mas não só restringe a este, porque tem que se lembrar dos alunos que não tem acesso às tecnologias. Então, esse ensino remoto, ele faz uso de outra escola, de um outro contexto, faz uso de outros caminhos, de outras alternativas de ensino”, destacou.
Cristina complementou que “o tempo no ensino remoto é um outro tempo. Quando se pensa em aula, na maioria das vezes, no Ensino Fundamental, por exemplo, vem diferente do ensino da Educação Infantil. Vem a ideia de cinquenta minutos. No ensino remoto, esse tempo é outro. Esse tempo é flexível. O ensino remoto, ele dispensa também a dimensão do tempo. Outro tempo, outro modo, outro lugar, outros contextos. O que demanda outras necessidades didáticas pedagógicas”.
A professora Cristina Leandro possui especialização, mestrado e doutorado pela UFRN, e foi docente da Rede Municipal de Ensino de Natal por vinte anos. Desenvolve estudos que investem sobre a formação de professores e as metodologias ativas nas áreas de educação infantil, novas tecnologias e educação à distância.
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