A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal de Natal realizou uma audiência pública, na manhã desta sexta-feira (25), para tratar sobre o “Panorama Atual e Desafios da Assistência Materno Infantil no Município de Natal”.
No debate foram explorados temas como a situação das maternidades e hospitais que atendem gestantes e recém-nascidos, vacinação infantil e também nascimentos prematuros, em alusão ao Novembro Roxo, mês internacional de sensibilização à prematuridade.
“Com o contexto atual da precariedade que se refere à atenção materno infantil aqui no município e no estado, onde estamos vendo o fechamento de algumas unidades importantes, provocamos essa audiência para que possamos pensar, montar estratégias e assegurar orçamento para a continuidade e o não fechamento dessas unidades que acolhem e atendem essas mães e bebês”, explicou a presidente da Frente Parlamentar, vereadora Júlia Arruda (PCdoB).
“13% dos nascidos vivos em Natal são prematuros e demandam de uma assistência muito especializada, em especial se eles tiverem uma idade gestacional muito baixa. Então, o aumento da incidência de partos prematuros chama a atenção para a precariedade do sistema de saúde, e sabemos que além da necessidade dos recursos materiais, ter apenas o leito e os equipamentos não são suficientes. É preciso também de uma equipe multidisciplinar que atue na assistência ao recém nascido”, explicou Devani Pires, representante da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Norte (SOPERN).
Além da SOPERN, a Secretaria Municipal de Saúde e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) também estiveram presentes. Rejane Rodrigues, representante do Sindsaúde, afirmou que a população de baixa renda é a que mais sofre com a precariedade do sistema de saúde. “O grande problema da saúde na cidade de Natal é a falta de investimento. Os serviços que estão abertos são muito precários e mesmo assim estão sendo fechados, o que vem dificultando um atendimento de qualidade e também um retorno para a saúde da população”, afirmou.
Sobre os demais temas debatidos, Vaneska Gadelha, representante da Secretaria Municipal de Saúde, ressaltou a importância da vacinação. “Um dos pilares da saúde pública é a imunização, que é capaz de fazer com que as pessoas não adoeçam ou caso adoeçam, fiquem em um contexto de não mortalidade ou de um adoecimento enfraquecido. A população hoje esquece dessa prevenção tão importante e presente na vida desde o nascimento até a velhice. E hoje se temos uma expectativa de vida maior, é por causa da imunização, que garante o não agravamento de doenças que antigamente eram fatais, mesmo se contraídas por crianças ou idosos”, concluiu.
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