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Governadora dialoga com  mulheres da Associação de Juízes para a Democracia. (Foto: Sandro Menezes).

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

Da saída de Nova Palmeira (PB), aos 15 anos, para o Rio Grande do Norte a fim de estudar, já se passaram mais de 40 anos que a governadora Fátima Bezerra tem protagonizado uma trajetória profissional que se confunde com sua carreira política. Pedagoga formada pela UFRN, onde se engajou no movimento estudantil universitário, ela integra a rede pública estadual e municipal como professora desde o início dos anos 80. Eleita deputada estadual em 1994 e em 1998, já ocupou por três mandatos a cadeira de deputada federal e foi senadora por quatro anos, antes de se eleger a única governadora do Brasil. Foi exatamente a sua trajetória que motivou um grupo de mulheres juristas para um encontro, realizado no fim da tarde desta quinta-feira (14), no Auditório da Governadoria.

Cerca de 25 representantes da Associação de Juízes para a Democracia (AJD), lideradas pela desembargadora paulista Kenarik Boujikian, co-fundadora da entidade, fizeram uma visita de cortesia ao Governo do Estado com o propósito de realizar um diálogo com a governadora sob o tema “Mulheres no poder: conquistas e desafios a vencer”. “Eu confesso que tomei conhecimento da Associação há pouco tempo, no período do processo do impeachment da presidenta Dilma. Naquela época, eu não tinha tanta consciência de que a democracia estava correndo sério risco no Brasil, por isso entendo que vocês desempenham um trabalho muito significativo, com bastante ousadia e coragem para defender a Constituição”, declarou Fátima.

Após ouvir o relato acerca da trajetória política da governadora, a desembargadora Kenarik enfatizou a importância do diálogo e destacou o compromisso da AJD em defender a Constituição Brasileira, de 1988. As juristas foram recepcionadas pelas juízas do trabalho Luíza Eugênia Arraes, Lígia Godoy e Derliane Tapajós, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RN), e estão em Natal para o 2º encontro anual da Associação, que reúne cerca de 70 membros de todo o Brasil até o dia 17 (domingo). “Fizemos questão de trazer esse grupo de mulheres juristas para conhecer a única governadora do Brasil, que tem uma carreira brilhante em defesa dos direitos da população brasileira”, afirmou Kenarik.

Luíza Eugênia expôs que o encontro da AJD tem como objetivo debater a questão da democracia e de que forma deverá ser a resistência ao ataque aos direitos humanos. “Estamos vivendo sob o contexto de derrubada dos direitos até mesmo fundamentais para a população”, frisou. Sua colega, Lígia Godoy, falou que todas as mulheres estavam muito ansiosas para a reunião com a governadora. “Foi muito bom ouvi-la falar de todas as dificuldades enfrentadas até chegar ao posto que ocupa hoje, e a gente sabe que foram e ainda são muitas”.

Ao final, a jornalista e política brasileira Manuela D’Ávila participou da reunião. Ela está em Natal para lançar o livro “Por que lutamos? Um livro sobre amor e liberdade”. Também estavam presentes a deputada federal Natália Bonavides; o vice-governador Antenor Roberto; a secretária de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (Semjidh), Arméli Brennand; a procuradora do Estado, Ana Carolina; a sub secretária de Direitos Humanos, Maria Luiza Tonelli; a sub secretária das Mulheres, Carla Tatiane; o presidente da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Pedro Górki.

SOBRE A AJD
A Associação, fundada em 1991, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), reúne magistrados, advogados e representantes da sociedade civil. É uma entidade sem fins lucrativos que tem como tese central a defesa do Estado Democrático de Direito, da dignidade da pessoa humana, a busca pela democratização interna do Judiciário e resgate do serviço público. A AJD periodicamente realiza cursos e seminários, publica jornais e revistas e mantém atividades junto a outras associações e órgãos.

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