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Governo do RN realiza monitoramento das falésias em parceria com UFRN e MDR.

Redação/Blog Elias Jornalista

Helicóptero Potiguar 1 operado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social sobrevoa Litoral Sul equipado com LaserScan e drones.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) coordena neste final de semana (21 e 22) uma operação de observação em áreas de difícil acesso do Litoral Sul do estado, através do helicóptero Potiguar 1, que sobrevoará as áreas de falésias utilizando o equipamento LaserScan e drones. O escaneamento será utilizado para identificar as áreas monitoradas pelo projeto “Diagnóstico de risco de desmoronamento das falésias Pipa e Barra de Tabatinga – RN”, coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio do professor Rodrigo de Freitas Amorim, do Departamento de Geografia, desenvolvido em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Desde novembro de 2020, quando aconteceu o acidente fatal na praia da Pipa, por conta do deslizamento de uma falésia que atingiu um casal e uma criança, o Governo do Estado tem se dedicado ao estudo e monitoramento das falésias por meio da força-tarefa multi-institucional composta pela Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros Militar do RN, Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Sesed), Ministério Público Federal (MPF), prefeituras de Tibau do Sul e de Nísia Floresta, além da UFRN e do MDR, através da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/MDR).

Durante a última semana, antes de o helicóptero entrar em cena, foram realizadas reuniões com as equipes técnicas de cada órgão para definir as estratégias, conforme relatou o coordenador da Defesa Civil do RN, tenente-coronel Carvalho. “O trabalho em conjunto que está sendo feito é algo muito importante e mostra justamente a preocupação do Governo do Estado com relação à temática das falésias e as áreas de risco de maneira em geral. Buscamos parcerias, a UFRN e o MDR são parceiros no sistema de proteção de defesa civil, e mais agora a secretaria de segurança entrou para dar esse suporte com equipamentos caros, como é o helicóptero”, pontuou.
A preocupação do estado é maior especialmente com a segurança da população que frequenta as praias concentradas na faixa litorânea que compreende os municípios de Parnamirim, Nísia Floresta, Tibau do Sul e Baía Formosa, cuja paisagem se caracteriza principalmente pelas falésias. “Esse estudo está sendo desenvolvido é um monitoramento que vai diagnosticar a situação das falésias e deverá propor medidas de mitigação dos riscos eventualmente presentes, e também soluções para os problemas. É um programa completo, estamos tendo reuniões, como tivemos quarta-feira (18) em Baía formosa, e teremos em outras praias. O governo da professora Fátima está atento ao gerenciamento costeiro e colocou sua equipe à disposição”, concluiu o coordenador da Defesa Civil do RN.

PROJETO FALÉSIAS
A união entre os entes demonstra um esforço coletivo para melhorar a segurança nas falésias, pontuou o professor Rodrigo de Freitas Amorim, coordenador do projeto “Diagnóstico de risco de desmoronamento das falésias Pipa e Barra de Tabatinga – RN”, que conta ainda com a participação de professores de Geologia da UFRN, do Instituto Federal da Bahia (IFBA), do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O projeto é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional – MDR.

O Diagnóstico é uma forma de buscar resposta ao acidente que ocorreu em Pipa no ano de 2020. Os trabalhos iniciaram em março de 2021 e vão ser finalizados em março de 2022. “Estamos realizando um diagnóstico em que identificaremos as áreas com maiores riscos e apontaremos as soluções para a redução de riscos para a população, sobretudo na Pipa e na Barra de Tabatinga. Todos os meses, estamos em campo coletando dados sobre parâmetros de ondas, escaneamento utilizando laser, imageamento do solo usando escâner de geofísica”, acrescentou Amorim.

Ainda neste mês de agosto e no mês de setembro, serão realizadas atividades de rapel nas falésias de Pipa e Barra de Tabatinga, recurso utilizado para descrever as camadas litológicas das falésias. Todo o trabalho é feito com posicionamento das medições utilizando GPS de elevada precisão. Além do estudo propriamente dito que está sendo desenvolvido, os órgãos ambientais – estaduais e municipais – têm feito uma ação permanente de vigilância e educação ambiental no entorno das áreas de risco.

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