Instituto Ivo Pitanguy inicia projeto para minimizar complicações após implante de silicone.
Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com
A mamoplastia de aumento, popularmente conhecida como implante de silicone, está entre as cirurgias plásticas mais procuradas pelas mulheres. As primeiras cirurgias de aumento mamário com implante foram iniciadas em 1962 e evoluiu ano após ano. Esse ano, pesquisadores do Instituto Ivo Pitanguy iniciam um projeto com abrangência nacional para minimizar a incidência de complicações pós-operatórias.
Apesar da sua utilização generalizada e perfil de segurança bem estabelecidas, procedimentos envolvendo implantes mamários estão associados com uma gama de complicações pós-operatórias. As complicações locais e os resultados adversos mais comuns relacionados com implantes mamários – tanto os de gel de silicone como os de solução salina – são a contratura capsular e ruptura do implante.
Muitas vezes são usados drenos aspirativos após a cirurgia plástica de mama para reduzir complicações potenciais. Em contrapartida as indicações sobre a colocação de drenos ainda são muito controversas na literatura e o que se observa é a maioria dos autores não indicam a colocação de drenos por risco de infecção primordialmente. Teoricamente o uso com acompanhamento do médico do dreno diminuiria as chances de complicações recentes como seroma e hematoma bem como complicações tardias como contratura capsular.
Diante dessa realidade o Instituto Ivo Pitanguy está desenvolvendo um projeto juntamente com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Universidade de Goiânia, coordenado pelo cirurgião plástico e pesquisador Dr. Charles Sá, para e comparar o uso de drenos aspirativos na mamoplastia de aumento com colocação de implante mamário.
O projeto gratuito, que vai durar um ano, conta com 300 mulheres candidatas à cirurgia de prótese mamária e o acompanhamento será feito pela equipe de médicos.
“Essa comparação terá a finalidade de avaliar se o uso de dreno aspirativo diminui ou não o aparecimento de complicações pós operatórias recentes e tardias. Vamos analisar os fatores preponderantes na instalação de uma contratura capsular, o que acarreta dor e distorção da mama, o que pode levar à remoção da prótese”, disse dr. Charles, coordenador científico do projeto.
De acordo com o Dr. Charles Sá, acredita-se que em torno de 5% a 8% das mulheres que fazem implante de silicone, sofrem com a contratura capsular. Os números são previstos pela literatura internacional. No Brasil, ainda não há um estudo que ratifique esses dados.
Dr. Charles Sá
O projeto será coordenado pelo departamento científico do Instituto Ivo Pitanguy, em todo o Brasil.
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