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Postado às 19h09 DestaqueEsportePlantão Nenhum comentário

A velocista Jerusa Geber conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Paris | Foto: Silvio Avila/CPB.

Em mais um dia cheio de medalhas, o Brasil conquistou 10 pódios nesta terça-feira, 3, em Paris. Foram dois ouros, duas pratas e seis bronzes para a delegação brasileira, fechando 48 medalhas no geral até aqui nos Jogos Paralímpicos. O Brasil é o quarto colocado no quadro de medalhas com 14 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze.

Além disso, a seleção de futebol de cegos, que estava classificada para as semifinais, empatou por 0 a 0 com a China e garantiu o primeiro lugar no grupo A. No goalball, vitória da seleção feminina por 2 a 0 sobre o Japão e vaga nas semifinais em busca da medalha inédita. O vôlei sentado masculino encerrou sua participação na fase de grupos com vitória por 3 a 1 sobre a Ucrânia.

Atletismo

O sul-mato-grossense Yeltsin Jacques conquistou o ouro e o paulista Júlio César Agripino o bronze nos 1500m da classe T11 (deficiência visual). Yeltsin fez o tempo de 3min55s82, quebrando os recordes mundial e paralímpico que eram dele mesmo, obtido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com 3min57s60. Júlio completou o percurso em 4min04s03. A prata ficou com o etíope Yitayal Yigzaw, que correu em 4min03s21.

“Tive uma lesão, quando me recuperei sofri com uma virose, isso atrapalhou um pouco nos 5000m. Mas nos 1500m é mais força, já sou forte geneticamente e deu tudo certo. Eu até tinha apostado que viria o recorde com 3min53s, ou 3min54s, veio com 3min55s. Muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho. O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e de fundo, pesquiso bastante sobre fisiologia, somos muito fortes e só temos a crescer e conseguir ótimos resultados”, disse Yeltsin.

Yeltsin conquistou sua quarta medalha paralímpica em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio 2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. Ele ganhou o bronze em Paris nos 5000m, prova em que Júlio Agripino foi ouro.

No lançamento de dardo, a baiana Raissa Machado conquistou a prata na classe F56 (competem sentados). Ela lançou em 23,51m e ficou atrás somente dos 24,99m de Diana Krumina, da Letônia. Essa é a segunda medalha de Raissa em Jogos. Em Tóquio 2020, ela também foi prata na mesma prova. No Mundial de Kobe 2024 ela conquistou a medalha de ouro.

“Acordei sabendo que uma medalha seria minha, não importava a cor. Agora é começar a me preparar para buscar o ouro em Los Angeles (nos Jogos Paralímpicos de 2028)”, disse Raissa.

A acreana Jerusa Geber conquistou a medalha de ouro na final dos 100m T11 (deficiência visual). Ela fez 11s83. Foi a primeira medalha de ouro de Jerusa em Jogos. Ela havia batido o recorde mundial da prova nas semifinais quando correu em  11s80  nesta segunda-feira, 2.

Outra brasileira envolvida na disputa, a paranaense Lorena Spoladore chegou em terceiro lugar e ficou com a medalha de bronze, com o tempo de 12s14.

A maranhense Rayane Soares conquistou a medalha de prata na final dos 100m T13 (deficiência visual), com o tempo de 11s78. Estabeleceu o novo recorde das Américas, que até então era o que havia feito nas eliminatórias. Foi também a primeira medalha paralímpica de Rayane na carreira.

Outra brasileira envolvida na disputa, a sul-mato-grossense Gabriela Mendonça completou a prova na sexta colocação, com 12s67.

A potiguar Maria Clara Augusto chegou na sétima colocação na final dos 100m T47 (amputados de braço) 12s63.Foi o seu mesmo tempo das eliminatórias e o seu melhor do ano.

O rondoniense Mateus Evangelista conquistou a medalha de bronze na final do salto em distância T37 (paralisados cerebrais). O salto que lhe garantiu o pódio foi em 6,20m, o seu melhor na temporada. Foi a terceira medalha de Evangelista em Jogos, que também havia sido bronze na mesma prova em Tóquio 2020. Ele também soma uma prata no Rio 2016

O paulista Samuel Conceição completou a final dos 400m T20 (deficiência intelectual) em quinto lugar, com 48s59. Outro brasileiro envolvido na disputa, o também paulista Daniel Martins chegou em sétimo, com 48s91. O vencedor da prova foi o colombiano Obando Asprilla, que fez 48s09

A piauiense Antônia Keyla terminou a final dos 400m T20 (deficiência intelectual) na sétima colocação, com o tempo de 58s34. Ela ainda competirá nos 1500m, sua prova principal, na próxima sexta-feira, 6.

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